ABSTRACT The work is based on the poem “Máquina zero” (2004), the present book of the same name by Ricardo Aleixo; and the mention made by Nuno Ramos in Junco (2011) to the poem “Máquina do mundo”, by Carlos Drummond de Andrade, present in Claro enigma (1951), to analyze the relationship with the topic of the “machine of the world”. After briefly recovering this theme in tradition, we will re-examine the articulation between metaphysics and geopolitics within it, especially the constitution of a European public law, according to Carl Schmitt's terms, to later outline some possibilities included in their requests by contemporary poets. Our conclusion is that Ricardo Aleixo and Nuno Ramos elaborate, each in their own way - but both with strong Drummondian inspiration -, a symmetrical intersection between nature and culture, that is, another Anthropocene. Máquina zero 2004, 2004 , (2004) 2011 (2011 mundo, mundo mundo” Andrade 1951, 1951 (1951) machine world. world . world” tradition reexamine re examine it law Schmitts Schmitt s terms poets elaborate culture Anthropocene 200 (2004 201 (201 195 (1951 20 (200 (20 19 (195 2 (2 1 (19 ( (1
RESUMO Este trabalho parte do poema “Máquina zero” (2004), presente no livro homônimo de Ricardo Aleixo, e da menção realizada por Nuno Ramos em Junco (2011) ao poema “A máquina do mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, presente em Claro enigma (1951), para neles analisar a relação com o tópico da “máquina do mundo”. Após breve recuperação dessa temática na tradição, reexaminaremos a articulação entre metafisica e geopolítica que nela há, especialmente a constituição de um Direito público europeu, segundo os termos de Carl Schmitt, para, posteriormente, traçar algumas possibilidades inscritas em suas solicitações pelos poetas contemporâneos. Nossa conclusão é a de que Ricardo Aleixo e Nuno Ramos elaboram, cada um a seu modo - mas ambos com forte inspiração drummondiana -, uma intercessão simétrica entre natureza e cultura, isto é, um Antropoceno outro. Máquina zero 2004, 2004 , (2004) 2011 (2011 A mundo, mundo mundo” Andrade 1951, 1951 (1951) mundo. . tradição há europeu Schmitt posteriormente contemporâneos elaboram cultura outro 200 (2004 201 (201 195 (1951 20 (200 (20 19 (195 2 (2 1 (19 ( (1