ABSTRACT Introduction: Student assessment in undergraduate courses in the health professions holds essential importance, ideally fulfilling summative, formative and informative purposes. However, data available on how it occurs in Brazilian institutions are scarce. A Faculty Development (FD) action, which consisted of cycles of workshops for course managers and teachers focusing on institutional assessment programs, with a formative emphasis, provided an opportunity to explore these settings. Objective: To characterize the assessment practices in undergraduate health courses in Brazil, detailing institutional responsibilities, assessment methods, and student feedback, and identifying changes in these aspects associated with FD activities. Method: Thirty undergraduate health courses from nine different higher education institutions (Northeast, Southeast and South regions) participated in this initiative and their managers responded to two questionnaires about the assessment processes in place. The first questionnaire, applied before the FD workshops, generated 23 situational diagnoses about context, assessment responsibilities, methods adopted and mastery of techniques for feedback to students. The second, applied one year after the last FD activity, generated 36 sets of responses expressing perceptions on changes. Responses to the first instrument were analyzed using Bardin’s Content Analysis technique. Data from the second were analyzed quantitatively. Result: Before the workshops, in 70% of the courses, student assessment were the responsibility of teachers, with little institutional participation. More than half of the courses focused on summative assessment, with limitations on formative assessment and feedback to students. Methods for assessing knowledge and clinical skills were quite varied, while those for the affective domain were imprecise. One year after the FD activities, there was a considerable significant increase in institutional participation, with a greater balance in responsibilities between teachers and central instances. In the perception of 89% of managers, mastery of feedback techniques improved. Furthermore, the different assessment methods have become more appropriate for each purpose. Conclusion: Aspects of assessment, such as reduced institutional responsibility, limited practice of feedback to students and adequacy of methods, underwent significant changes, which, in the perception of administrators, were associated with the participation of faculty and managers in FD activities.
RESUMO Introdução: A avaliação dos estudantes nos cursos de graduação nas profissões da saúde tem importância essencial, podendo cumprir as finalidades somativa, formativa e informativa. No entanto, há poucos dados disponíveis sobre como ela se dá nas instituições brasileiras. Uma ação de desenvolvimento docente (DD), que consistiu em ciclos de oficinas para gestores e professores sobre programas institucionais de avaliação, com ênfase formativa, proporcionou oportunidade para explorar esse panorama. Objetivo: Este estudo teve como objetivo caracterizar as práticas avaliativas em cursos de graduação em saúde no Brasil, particularizando responsabilidades institucionais, métodos de avaliação e feedback ao estudante, e identificando mudanças nesses aspectos associadas às atividades de DD. Método: Trinta cursos de graduação em saúde de nove diferentes instituições de ensino superior (Regiões Nordeste, Sudeste e Sul) participaram dessa iniciativa, cujos gestores responderam a dois questionários sobre os processos avaliativos desenvolvidos. O primeiro questionário, aplicado antes das oficinas de DD, gerou 23 diagnósticos situacionais acerca do contexto, das responsabilidades sobre a avaliação, dos métodos adotados e do domínio de práticas de feedback fornecido aos estudantes. O segundo, aplicado um ano após o último ciclo de capacitação, gerou 36 conjuntos de respostas, expressando a percepção sobre mudanças. As respostas ao primeiro instrumento foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin. As do segundo foram expressas de modo quantitativo. Resultado: Antes das oficinas, em 70% dos cursos as práticas avaliativas eram de responsabilidade dos docentes, com pouca participação institucional. Mais da metade dos cursos focava a avaliação somativa, com limitações na formativa e no feedback. Os métodos de avaliação de conhecimentos e de habilidades clínicas eram variados, enquanto os do domínio afetivo se mostravam imprecisos. Um ano após as ações de DD, notou-se aumento expressivo da participação institucional, com maior equilíbrio nas responsabilidades entre professores e instâncias centrais. Na percepção de 89% dos gestores, o domínio das técnicas de feedback melhorou. Ademais, os diferentes métodos avaliativos tornaram-se mais adequados para cada fim. Conclusão: Aspectos da avaliação, como reduzida responsabilidade institucional, limitada prática do feedback fornecido ao estudante e adequação dos métodos, sofreram mudanças expressivas que, na percepção dos gestores, foram associadas à participação de professores e gestores nas atividades de DD.