Abstract This article deals with the oil lake, a disaster resulting from the activities of an oil refining company that, for more than three decades, has made the Quilombola Ilhotinha Community, located in the municipality of Capivari de Baixo, Santa Catarina, vulnerable. Developed through the ethnographic method, it aimed to analyze whether the oil lake reveals mechanisms of power and control operationalized by coloniality. The study highlights aspects that support this specific facet of coloniality, including the production of vulnerabilities and the instrumentalization of racism. He argues that the ideology of development has produced, throughout his rule, disasters that reveal mechanisms of action and maintenance of coloniality. Finally, it highlights the emergence of movements articulated by the Community itself that transcend the most elementary sense of restoring the damage caused by the disaster, envisioning the construction of a new reality, in which their rights are covered and the production of life is guaranteed. decades Baixo Catarina vulnerable method coloniality racism produced rule Finally reality guaranteed
Resumo Este artigo trata do lago de óleo, um desastre decorrente das atividades de uma empresa de refino de óleo que, há mais de três décadas, vulnerabiliza a Comunidade Quilombola Ilhotinha, localizada no município de Capivari de Baixo, Santa Catarina. Desenvolvido por meio do método etnográfico, objetivou analisar se o lago de óleo revela mecanismos de poder e controle operacionalizados pela colonialidade. O estudo aponta aspectos que sustentam essa faceta específica da colonialidade, dentre os quais, a produção de vulnerabilidades e a instrumentalização dos racismos. Argumenta que o ideário do desenvolvimento tem produzido, ao longo de sua regência, desastres que revelam mecanismos de ação e manutenção da colonialidade. Por fim, evidencia a emergência de movimentos articulados pela própria comunidade que transcendem o sentido mais elementar de restauração dos danos causados pelo desastre, vislumbrando a construção de uma nova realidade, na qual seus direitos sejam contemplados e a produção da vida, garantida. décadas Ilhotinha Baixo Catarina etnográfico colonialidade quais racismos produzido regência fim realidade vida garantida