Resumen: Este artículo reflexiona sobre la centralidad del abordaje educativo en los procesos colaborativos de la arqueología con comunidades tradicionales de la Amazonía brasileña. Con base en la socialización del patrimonio arqueológico con poblaciones ribereñas localizadas en Unidades de Conservación de Uso Sustentable en el río Solimões medio, en el estado de Amazonas, realizado entre el 2017 y el 2022, identificamos una gramática local de autoayuda entre las familias, que está relacionada con el movimiento de autonomía adquirida alrededor de la fundación de las comunidades, a partir de la década de 1980. La investigación se llevó a cabo gracias a un convenio de cooperación técnico-científica establecido entre el Museu de Arqueología e Etnologia de la Universidade de São Paulo (MAE-USP) y el Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM); también contó con el apoyo financiero de la Fundación Gordon y Betty Moore, entre el 2017 y el 2019. Todo el trabajo fue aprobado por el Comité de Ética e Investigación del IDSM. El objetivo fue desarrollar acciones educativas con escuelas, docentes y estudiantes con el propósito de acercar las investigaciones arqueológicas realizadas. Se utilizaron metodologías de educación patrimonial, junto con una escucha activa permeada por las prácticas de la etnografía arqueológica y la historia oral para ampliar la investigación mediante nociones locales. El estudio contó con la colaboración de líderes, artesanos, maestros, ancianos, entre otros agentes. Ese contexto específico invita a la implementación de prácticas arqueológicas en su dimensión colaborativa, especialmente, por medio de la búsqueda de beneficios mutuos, así como de la comprensión de la materialidad y la temporalidad. Las acciones educativas son estructurantes en la actividad científica y promueven espacios equilibrados de intercambio entre las percepciones arqueológicas y las comunitarias sobre el mismo espacio, además, contribuyen a la producción de más diferencias que parten de la noción de pariente.
Abstract: This article explores the significance of educational approaches in collaborative archaeology projects with traditional communities in the Brazilian Amazon. From 2017 to 2022, we worked with riverside populations in Sustainable Use Conservation Units along the mid-Solimões River in Amazonas. Through this collaboration, we identified a local system of mutual aid among families, which relates to the communities’ pursuit of autonomy since the 1980s. The research was conducted through a technical-scientific cooperation agreement between the Museum of Archaeology and Ethnology at the University of São Paulo (MAE-USP) and the Mamirauá Institute for Sustainable Development (IDSM), with financial support from the Gordon and Betty Moore Foundation from 2017 to 2019. All work was approved by the IDSM Ethics and Research Committee. Our goal was to engage schools, teachers, and students with archaeology by developing educational activities. We used heritage education methodologies and active listening techniques, informed by archaeological ethnography and oral history, to incorporate local knowledge into our research. The study involved collaboration with community leaders, artisans, teachers, and elders. This context calls for collaborative archaeological practices that seek mutual benefits and deepen the understanding of material culture and historical timelines. Educational initiatives play a crucial role in scientific work, fostering balanced exchanges between archaeological and community perspectives, additionally contributing to the production of more differences based on the notion of kinship.
Resumo: Neste artigo, reflete-se sobre a centralidade da abordagem educacional nos processos colaborativos de arqueologia com comunidades tradicionais na Amazônia brasileira. A partir da socialização do patrimônio arqueológico com populações ribeirinhas localizadas em Unidades de Conservação de Uso Sustentável no médio rio Solimões, no estado do Amazonas, realizada entre 2017 e 2022, identificamos uma gramática local de autoajuda entre as famílias, que está relacionada ao movimento de autonomia adquirido em torno da fundação das comunidades, a partir da década de 1980. A pesquisa foi realizada graças a um convênio de cooperação técnico-científica estabelecido entre o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM); também contou com o apoio financeiro da Fundação Gordon e Betty Moore, entre 2017 e 2019. Todo o trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do IDSM. O objetivo foi desenvolver ações educativas com escolas, professores e alunos, a fim de aproximar deles as pesquisas arqueológicas realizadas. Foram utilizadas metodologias de educação patrimonial, juntamente com a escuta ativa permeada pelas práticas da etnografia arqueológica e da história oral para ampliar a pesquisa por meio de noções locais. O estudo envolveu a colaboração de líderes, artesãos, professores, anciãos, entre outros atores. Esse contexto específico convida à implementação de práticas arqueológicas em sua dimensão colaborativa, especialmente por meio da busca de benefícios mútuos, bem como da compreensão da materialidade e da temporalidade. As ações educativas são estruturantes na atividade científica e promovem espaços equilibrados de troca entre as percepções arqueológicas e comunitárias de um mesmo espaço, além de contribuir para a produção de mais diferenças a partir da noção de fazer parentes.