RESUMEN. Objetivo/contexto: uno de los principales pilares de la legitimidad de los órdenes mundiales es la existencia y el reconocimiento de normas e instituciones internacionales. En la literatura de relaciones internacionales, muchos estudios llaman la atención sobre la importancia de las instituciones para abordar temas como la soberanía (inter)nacional, las crisis humanitarias y las intervenciones militares. Dado que la dinámica de poder global contemporáneo está cambiando debido al surgimiento de centros de poder, como los países del Bric, es relevante estudiar si y en qué medida los nuevos actores seguirán las normas establecidas o las impugnarán. Analizamos el desempeño de los Brics vis-à-vis las normativas incorporadas al concepto de responsabilidad de proteger (R2P). Metodología: el artículo consiste en una investigación cualitativa y comparada desde documentos oficiales y análisis cualitativos, y se enfoca en el período entre 2005 y 2017. Conclusiones: los hallazgos sugieren que, si bien los Brics no presentan una posición unificada en la discusión, contribuyen a destacar los debates sobre la R2P por medio de dos esfuerzos separados hechos especialmente por Brasil y China. Originalidad: argumentamos que el concepto brasileño de responsabilidad al proteger y el chino de protección responsables se pueden clasificar como críticos normativos activos de la R2P, mientras que los demás miembros son críticos activos o críticos activos y usuarios de la R2P.

ABSTRACT. Objective/Context: One major pillar of the world orders’ legitimacy is the existence and recognition of international norms and institutions. In the literature on International Relations, many studies call attention to the importance of these features in approaching such topics as (inter)national sovereignty, humanitarian crises, and military interventions. Since the dynamic of contemporary global power is changing due to the rise of new centres of power such as the BRICS countries, it is worth evaluating whether, and to what extent, these new actors will follow the same established norms or challenge them. In this article, we analyse the BRICS’s adherence or failure to adhere to the norms encompassed by the concept of “Responsibility to Protect” (R2P). Methodology: It is a comparative investigation, based on official documents and a qualitative analysis, and focuses on the period of 2005-2017. Conclusions: Our findings suggest that even though the BRICS group do not present a united front in this field, they have highlighted the divisions in the international approach to R2P as seen in two major initiatives, led by Brazil and China. Originality: We argue that Brazil´s “Responsibility while Protecting” (RwP) and China´s “Responsible Protection” (RP) mean that those countries can be classified as “active critics of the norms” of R2P, while the other members are either “active critics” or “active critics and implementers”.

RESUMO. Objetivo/contexto: um dos principais pilares da legitimidade das ordens mundiais é a existência e o reconhecimento de normas e instituições internacionais. Na literatura de Relações Internacionais, muitos estudos chamam a atenção para a importância dessas instituições para abordar temas tais como soberania (inter)nacional, crise humanitária e intervenções militares. Dado que a dinâmica de poder global contemporâneo está mudando em razão do surgimento de centros de poder, como os países do BRICS, é válido estudar se, e em que medida, esses novos atores seguirão as normas estabelecidas ou as contestarão. Analisamos a performance do BRICS vis-à-vis as normas incorporadas no conceito de “responsabilidade de proteger” (R2P). Metodologia: este artigo se baseia em uma pesquisa qualitativa e comparada a partir de documentos oficiais e análises qualitativas, com foco no período entre 2005 e 2017. Conclusões: nossos achados sugerem que, embora o BRICS não apresente uma posição unificada nessa questão, contribuem para destacar os debates sobre a R2P por meio de dois esforços separados feitos especialmente pelo Brasil e pela China. Originalidade: argumentamos que o conceito brasileiro de “responsabilidade ao proteger” e o chinês de “proteção responsável” podem ser classificados como de “críticos normativos ativos” da R2P, enquanto os demais membros são “críticos ativos” ou “críticos ativos e usuários” da R2P.

Abstract From 2003 until 2021, Brazilian foreign policy has endured several changes and upheavals that are affecting its international relations traditions and projection. This process is generated by domestic political struggles, the instability of the world’s balance of power towards multipolarity and is linked to a more comprehensive strategy of public policies. Based on a qualitative review and critical analysis, the aim of this article is to examine these agendas, and the combined and unbalanced axis of the current foreign policy transition.

Desde a criação da Associação Latino-Americana de Livre Comércio em 1960, os projetos de integração regional na América Latina apresentaram diversos estágios políticos e econômicos. Assim, o objetivo do artigo é expor, a partir da base teórica dos estudos de integração, a evolução do processo integracionista na América Latina e, no período mais recente, na América do Sul. A partir desta análise, visa-se avaliar qual o papel desempenhado pelo Brasil no processo, que tem com propósitos da agenda de política externa do país o exercício de uma ação regional e global, que alterna tanto a cooperação quanto a projeção de poder. Para isto, o texto encontra-se dividido nas seguintes seções, além da introdução e conclusão: (II) Abordagem Teórica (III) Uma Visão da Integração: a América Latina e a Política Externa Brasileira (IV) Desafios da Integração: o Desenvolvimento e a América Latina (1960/1970) (V) Da ALAC à ALADI (VI) A Reaproximação Brasil-Argentina: da Crise Política e Econômica ao Mercosul (1980) (VII) O Neoliberalismo e o Fim da Guerra Fria: O Retrocesso dos anos 1990 (VIII) O Renascimento do Espaço Sul-Americano: Geopolítica e Geoeconomia (2000/2012).

The aim of the article is to present, based on theoretical studies of integration, the evolution of this process in Latin America and, most recently, in South America. Based on these studies, the goal is to analyze the role played by Brazil in the process, which defines as priorities of its foreign policy a regional and global framework for its international action that is based on both cooperation and power projection.The research has been conducted based on theories of integration, an historical background on Latin American integration and in Brazilian foreign policy, through its contemporary agenda. The answer was based on a comparative agenda and in a bibliographical critical analysis of the research material.The main findings of the paper point out that Latin American integration has specific features linked to the economic, political and stragetic realities of the continent that show the limitations of some theories applied to the European process, also that it depends on Brazilian foreign policy actions, that still sees the region as instrumental to its interests. So, Brazil sometimes fail to fulfill some requisites of integration that are essential to sustain its projects. Therefore, there is a cycle of enlargement and deepening of regional integration process in this political space that point out to the need of a more sustained compromise of Brazilian foreign policy towards these projects. If Brazil continues not to sustain these projects, they will lose momentum and significance once more, increasing power asymmetries in the region.

O objetivo deste artigo é examinar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos 2003 e 2010 e os seus padrões estratégicos durante a presidência de Luis Inácio Lula da Silva. Busca-se compreender o desenvolvimento deste diálogo, no século 21 e sua formação anterior no mundo pós-Guerra Fria, identificando a sua evolução e transformação, devida ao crescimento do papel regional e global desempenhado pelo Brasil com relação aos Estados Unidos

The aim of this article is to examine Brazil and the United States bilateral relations from 2003/2010 and their strategic patterns during the Presidency of Luis Inácio Lula da Silva. The goal is to understand the development of this dialogue in the 21st century and its previous background in the Post Cold War world, identifying its evolution and change due to Brazil's growing regional and global role and US relative position

Avaliando a primeira década do século XXI, a política externa do Brasil tem passado por uma evolução significativa caracterizada por uma posição internacional e projeção de poder assertiva, dinamizando parcerias estratégicas com países desenvolvidos e emergentes. O objetivo deste artigo é analisar as prioridades desta agenda e os potenciais relacionados a estes esforços de cooperação bi e multilateral horizontal e vertical.

Considering the first decade of the 21st century, Brazil's foreign policy has been undergoing a significant evolution characterized by an assertive international stance and power projection, promoting an update and enlargement of strategic partnerships with developed and emerging countries. The aim of this paper is to analyze the main tenets of this agenda and the potentials linked to these efforts of horizontal and vertical bi and multilateral cooperation.