RESUMO Sete acessos selvagens de Coffea arabica da Etiópia prospectados pela FAO Coffee Mission 1964-1965 foram investigados quanto à resistência a 18 linhagens brasileiras e duas linhagens quenianas de Pseudomonas syringae pv. garcae e quatro P. syringae pv. tabaci, agentes etiológicos da mancha-aureolada e da mancha-foliar-bacterina, respectivamente. As cultivares de C. arabica IPR 102, resistente às doenças, e Mundo Novo IAC 376-4, suscetível, foram utilizadas como controle experimental. Nossos resultados indicaram que os acessos etíopes apresentaram altos níveis de resistência a todas as linhagens brasileiras de P. syringae pv. garcae avaliados, mas suscetíveis à infecção causada por linhagens quenianas, que causa diferentes níveis de severidade em acessos selvagens e nos controles experimentais. Os acessos etíopes também foram considerados resistentes às quatro linhagens de P. syringae pv. tabaci, tendo sido observada baixa suscetibilidade, um ponto na escala de severidade, no acesso E-268 em resposta a uma linhagem da bactéria.
ABSTRACT Seven wild accessions of Coffea arabica from Ethiopia prospected by FAO Coffee Mission 1964-1965 were investigated concerning the resistance to 18 Brazilian strains and two Kenyan strains of Pseudomonas syringae pv. garcae and four P. syringae pv. tabaci strains, causal agents of bacterial halo blight and bacterial leaf spot, respectively. The cultivars of C. arabica IPR 102, resistant to the diseases, and Mundo Novo IAC 376-4, susceptible, were used as experimental controls. Our results indicated that the Ethiopian accessions presented high levels of resistance to all Brazilian strains of P. syringae pv. garcae but were susceptible to infection caused by Kenyan strains, which causes different levels of severity in wild accessions and experimental controls. Ethiopian accessions were also considered resistant to the four P. syringae pv. tabaci strains, with low susceptibility observed, one point on the severity scale, in access E-268 in response to a strain of the bacterium.