Resumo: O artigo discute os processos de memorialização ocorridos no Brasil a partir do processo de justiça de transição e das políticas públicas de memória. Tais processos, como veremos, são marcados por uma trajetória não linear, contenciosa, e atravessada por um emaranhado de atores, tanto no Estado como nos movimentos que atuam no campo por Memória, Verdade e Justiça, responsáveis por efetuar mudanças nas “estruturas de oportunidades políticas”. Para tal, iluminaremos dois desses processos de memorialização atualmente em curso, por meio das experiências do antigo 1° Batalhão de Infantaria Blindada do Exército (1° BIB), em Barra Mansa (RJ), e da Casa Marighella, em Salvador (BA).
Abstract: This paper aims to discuss the memorialization processes that took place in Brazil as part of the transitional justice and public memory policies process. Such processes, as we shall see, are marked by a non-linear, contentious trajectory, and crossed by a tangle of actors, both in the State and in the movements that operate in the Memory, Truth and Justice field, responsible for the promotion of changes in the “structures of political opportunities”. To this end, we will illuminate two of these memorialization processes, currently underway, through the experiences of the former 1st Army Armored Infantry Battalion (1st BIB), in Barra Mansa (RJ), and Marighella’s House, in Salvador (BA).