RESUMO Objetivou-se avaliar o controle genético integrado ao controle químico da ferrugem asiática da soja (FAS) e os efeitos dessas medidas sobre a produtividade da cultura. O experimento foi conduzido em Erechim/RS, nas safras 2016/17 e 2017/18, sob delineamento de blocos casualizados, em esquema de parcela subdividida (cultivares, nas parcelas; e fungicidas, nas subparcelas), com quatro repetições. Foram utilizadas as seguintes cultivares: BMX Vanguarda (sem tolerância à FAS); TMG 7062; TMG 7262; e TMG 7161, tolerantes à FAS (cultivares com tecnologia Inox™). Os fungicidas utilizados foram: T1) testemunha (sem aplicação de fungicidas); T2) azoxistrobina + benzovindiflupyr; T3) difenoconazol + ciproconazol; T4) trifloxistrobina + protioconazol; e T5) epoxiconazol + fluxapiroxade + piraclostrobina. Foram realizadas quatro aplicações de fungicidas nos estádios V6; R1; R5.1; e R6. Durante a condução do experimento, para o cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), avaliou-se a severidade da doença, com intervalos de 7 dias, em uma amostra aleatória de 10 trifólios por parcela. Após a colheita, determinou-se os componentes de rendimento: número de grãos por planta, peso de mil grãos (g), e a produtividade (kg ha-1). Na safra 2017/18 o fungicida difenoconazol + ciproconazol não foi eficiente para o controle da FAS. As cultivares de soja TMG 7062, TMG 7161 e TMG 7261 retardaram o progresso da doença, entretanto somente a cultivar TMG 7161 apresentou tolerância sob a presença do inóculo nas safras 2016/17 e 2017/18. A associação entre controle químico e genético mostra-se eficiente no controle da FAS.
ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the genetic control integrated to the chemical control of Asian soybean rust (ASR) and the effects of these measures on crop yield. The experiment was conducted in Erechim, Rio Grande do Sul State, Brazil, in 2016/17 and 2017/18 crop years, under a randomized block design, in a subdivided plot scheme (cultivars in the plots and fungicides in the subplots), with four replicates. The following cultivars were used: BMX Vanguarda (without ASR tolerance); TMG 7062; TMG 7262, and TMG 7161, tolerant to ASR (Inox™ Technology cultivars). The fungicides used were: T1) control (without application of fungicides); T2) azoxystrobin + benzovindiflupyr; T3) difenoconazole + cyproconazole; T4) trifloxystrobin + prothioconazole, and T5) epoxiconazole + fluxapyroxad + pyraclostrobin. Four fungicide applications were carried out at the V6, R1, R5.1 and R6 stages. During the experiment, for the calculation of the area under disease progress curve (AUDPC), disease severity was assessed at 7-day intervals in a random sample of 10 trifolia per plot. After harvest, yield components were determined: number of grains per plant, thousand grain weight (g), and yield (kg ha-1). In 2017/18 crop year, the fungicide difenoconazole + cyproconazole was not efficient for ASR control. The soybean cultivars TMG 7062, TMG 7161 and TMG 7261 delayed the disease progression; however, only TMG 7161 presented tolerance in the presence of the inoculum in 2016/17 and 2017/18 crop years. The association between chemical and genetic control is shown to be efficient for ASR control.