Abstract Objective To assess the use, objective knowledge, and preference regarding home dental care (HDC) among older adults, as well as the factors associated with these outcomes. Method This is a cross-sectional Web Survey study. The sampling was non-probabilistic and conducted through contact networks. Online questionnaires were administered to older adults (≥60 years) living in the Metropolitan Region of Natal, RN, Brazil. The questionnaire included items on objective knowledge, use, and preference for HDC, in addition to socioeconomic and demographic questions. Descriptive, bivariate, and robust Poisson regression analyses were performed, adopting a 5% significance level. Results A total of 203 older adults were included, the majority being women aged between 60 and 69 years. Most of this population were unaware of home dental care (79.8%; 95% CI: 74.3–85.4%), had never used this type of service (95.6%; 95% CI: 92.8–98.4%), and expressed a preference for care provided in a dental office (68.5%; 95% CI: 62.1–74.8%). A significant association was observed between awareness of home dental care and having private health insurance. Older adults without health insurance and with lower educational levels showed a significantly greater preference for home care compared to traditional office-based care. Conclusion Home dental care remains relatively unknown and underutilized by younger segments of the older adult population, with lower familiarity particularly among those without health insurance. However, older adults without insurance and with lower educational attainment expressed a stronger preference for HDC, highlighting the need to strengthen public policies and expand service availability, especially for socioeconomically vulnerable populations.
Resumo Objetivo avaliar o uso, conhecimento objetivo e preferência da assistência odontológica domiciliar (AOD) pela população idosa e os fatores associados a esses desfechos. Método Trata-se de um estudo transversal e Web Survey. A amostragem foi do tipo não-probabilística, realizada por meio de redes de contato. Foram aplicados questionários online à população idosa (≥60 anos) da região Metropolitana de Natal, RN, Brasil, com questões sobre conhecimento objetivo, uso e preferência da AOD, além de questões socioeconômicas e demográficas. Foi realizada a análise descritiva, bivariada e regressão robusta de Poisson, adotando-se um nível de significância de 5%. Resultados Foram incluídas 203 pessoas idosas, sendo a maioria mulher, na faixa de idade de 60 a 69 anos. A maioria dessa população desconhecia a odontologia domiciliar (79,8%; IC95% 74,3-85,4%), nunca fez uso desse tipo de serviço (95,6%; IC95% 92,8-98,4%) e demonstrou preferência pela assistência em consultório odontológico (68,5%; IC95% 62,1-74,8%). Observou-se associação significativa entre conhecer a odontologia domiciliar e ter plano de saúde médico. Houve preferência significativamente maior de pessoas idosas sem plano de saúde e com menor escolaridade pelo atendimento em casa, em relação ao consultório tradicional. Conclusão A odontologia domiciliar ainda é pouco conhecida e usada por parte da população idosa mais jovem, sendo sua familiaridade menor entre aqueles sem plano de saúde médico. No entanto, pessoas idosas sem plano de saúde e com menor escolaridade demonstraram maior preferência pela AOD, evidenciando a necessidade de fortalecer políticas públicas e ampliar sua oferta, especialmente para populações em maior vulnerabilidade socioeconômica.