OBJETIVO : Estimar a prevalência de dificuldade de adultos na mastigação, segundo sexo, e analisar os fatores associados. MÉTODOS : Estudo transversal de base populacional com adultos de 20 a 59 anos de idade (n = 2.016), de Florianópolis, SC, em 2009, por meio de amostragem em dois estágios, setores censitários e domicílios. A dificuldade na mastigação foi investigada por meio de pergunta sobre dificuldade de mastigação devida a problemas com os dentes ou dentadura. Analisaram-se os fatores demográficos, socioeconômicos, utilização dos serviços de saúde para consulta odontológica e condição bucal autorreferida. Foi realizada regressão logística multivariável, estratificada por sexo. RESULTADOS : A taxa de resposta foi de 85,3% (n = 1.720). A prevalência de dificuldade na mastigação foi de 13,0% (IC95% 10,3;15,8) e 18,0% (IC95% 14,6;21,3) em homens e em mulheres, respectivamente. Mulheres e homens com 50 anos ou mais, aqueles com dez dentes naturais ou menos e os que manifestaram dor dentária tiveram mais chance de apresentar dificuldade na mastigação. O efeito conjunto da perda e da dor na dificuldade na mastigação foi cerca de quatro vezes maior entre as mulheres. CONCLUSÕES : A magnitude das associações entre variáveis socioeconômicas, demográficas e de condição bucal autorreferidas foi diferente para homens e mulheres, em geral maiores para as mulheres, destacando-se a dor dentária. Os resultados sugerem que o impacto das condições bucais varia segundo o sexo.
OBJECTIVE : The aim of this study was to estimate the prevalence of chewing impairment according to sex, and its associated factors in adults. METHODS : A cross-sectional population-based study was carried out with 2,016 subjects aged between 20 and 59 years in Florianopolis, SC, Southern Brazil, in 2009. The sampling was undertaken in two stages, census tracts and households. The outcome ‘chewing impairment’ was obtained from the question “How often do you have chewing impairment due to teeth or denture problems?”. Analyses were carried out with demographics and socioeconomic factors, dental services utilization, and self-related oral health using multivariable logistic regression and stratified by sex. RESULTS : The response rate was 85.3% (1,720 adults). The prevalence of chewing impairment was 13,0% (95%CI 10.3;15.8) and 18,0% (95%CI 14.6;21.3) among men and women, respectively. Women and men fifty years old and over, who had ten or fewer natural teeth and those who reported toothache were more likely to have chewing impairment. The combination of tooth loss and toothache on chewing impairment was almost four times higher among women. CONCLUSIONS : The magnitude of the associations among socioeconomic, demographics and self-related oral health factors was different according to sex, in general higher for women, with emphasis on toothache. The findings suggest that the impact of oral conditions varies by sex.
OBJETIVO : Estimar la prevalencia de dificultad de adultos en la masticación, de acuerdo con el sexo, y analizar los factores asociados. MÉTODOS : Estudio transversal de base poblacional con adultos de 20 a 59 años de edad (n= 2.016), de Florianópolis SC, Brasil, en 2009, por medio de muestreo en dos fases, sectores censitarios y domicilios. La dificultad en la masticación fue investigada preguntando directamente sobre tal inconveniente debido a problemas en los dientes o dentadura. Se analizaron los factores demográficos, socioeconómicos, utilización de los servicios de salud para consulta odontológica y condición bucal auto-referida. Se realizó regresión logística multivariable, estratificada por sexo. RESULTADOS : La tasa de respuesta fue de 85,3% (n= 1.720). La prevalencia de dificultad en la masticación fue de 13% (IC95% 10,3;15,8) y 18% (IC95% 14,6;21,3) en hombres y en mujeres, respectivamente. Mujeres y hombres con 50 años o más, y los que presentaban diez dientes naturales, o menos. Los que manifestaron dolor denario tuvieron mayor chance de presentar dificultad en la masticación. El efecto conjunto de la pérdida y del dolor en la dificultad para masticar fue cerda de cuatro veces mayor entre las mujeres. CONCLUSIONES : La magnitud de las asociaciones entre variables socioeconómicas, demográficas y de condición bucal auto-referidas fue diferente para hombres y mujeres, en general mayores en las mujeres, destacándose el dolor dentario. Los resultados sugieren que el impacto de las condiciones bucales varia de acuerdo al sexo.