Resumo Este estudo in vitro avaliou o efeito do bicarbonato de sódio e do ascorbato de sódio na resistência de união de um sistema adesivo convencional unido ao esmalte bovino clareado. Sessenta blocos de esmalte bovino (4x4 mm) foram planificados e distribuídos aleatoriamente em 5 grupos: G1: (controle negativo); G2 (controle positivo): clareamento com peróxido de hidrogênio 35% (HP); G3: clareamento com HP seguido de armazenamento por 7 dias em saliva artificial antes do procedimento restaurador; G4: clareamento com HP seguido de tratamento com a solução de bicarbonato de sódio 10% por 5 min; G5: clareamento com HP seguido de tratamento com hidrogel de ascorbato de sódio 10% por 15 min. O HP foi aplicado duas vezes (20 min cada, com exceção do grupo G1) e então as restaurações adesivas foram realizadas. Após 24 h, os espécimes foram seccionados em palitos e submetidos ao teste de resistência de união a uma velocidade de 0,5 mm/min (n=12). As superfícies de esmalte de G1 e G2 foram avaliadas com microscopia eletrônica de varredura para fins de análise visual complementar. Os dados foram analisados por ANOVA a um critério (p<0,05). As medias (desvio-padrão) foram: G1: 24,22±7,74; G2: 18,29±5,88; G3: 40,88±7,95; G4: 19,95±5,67 e G5: 24,43±6,43. Falhas adesivas foram predominantes em todos os grupos. A comparação entre os diferentes tratamentos indica que esperar 7 dias após o clareamento é ainda a abordagem mais eficaz. Nos casos em que este período de espera não é possível, a aplicação do ascorbato de sódio e do bicarbonate de sódio parecem ser boas alternativas. Entretanto, a praticidade na obtenção da solução de bicarbonato de sódio nos kits de clareamento e sua maior estabilidade favorecem o seu uso clínico.
Abstract This in vitro study evaluated the effect of sodium bicarbonate and sodium ascorbate on the microtensile bond strength of an etch-and-rinse system to bleached bovine enamel. Sixty bovine enamel blocks (4x4 mm) were flattened and randomly allocated into 5 groups: G1 (negative control): without treatment; G2 (positive control): bleached with 35% hydrogen peroxide (HP); G3: bleached and stored for 7 days in artificial saliva before restorative procedures; G4: bleached and treated with 10% sodium bicarbonate solution for 5 min; G5: bleached and treated with 10% sodium ascorbate hydrogel for 15 min. HP gel was applied twice (20 min each, except in G1) and the adhesive restorations were performed. After 24 h, the specimens were sectioned into sticks and submitted to microtensile bond strength testing with a crosshead speed of 0.5 mm/min (n=12). As a complementary visual observation, the enamel surfaces of the G1 and G2 specimens were evaluated with scanning electron microscopy. Data were analyzed by one-way ANOVA (p<0.05). The means (standard deviation) were: G1: 24.22±7.74; G2: 18.29±5.88; G3: 40.88±7.95; G4: 19.95±5.67 and G5: 24.43±6.43. Adhesive failures were predominant in all groups. The comparison between the treatments indicates that waiting 7 days after bleaching is still the most effective approach. When this waiting period is not possible, application of sodium ascorbate or sodium bicarbonate seems to be a good alternative. Therefore, the practicality of obtaining sodium bicarbonate in the bleaching kits and its higher stability enables its clinical use.