Este estudo comparou os níveis de biofilme em próteses totais maxilares e mandibulares, e analisou o número de unidades formadoras de colônias de leveduras, após o uso de agentes auxiliares da escovação e saliva artificial. Vinte e três usuários de próteses totais com hipossalivação e xerostomia foram orientados a escovar as dentaduras 3 vezes ao dia durante 3 semanas com os seguintes produtos: Corega Brite (dentifrício para prótese), sabonete líquido neutro, Corega Brite associado com o uso do Oral Balance (saliva artificial) ou água de torneira. Para a quantificação do biofilme, as superfícies internas das próteses totais foram evidenciadas, fotografadas e o biofilme quantificado com o auxílio de um software. Para a análise microbiológica, o biofilme foi removido por escovação, coletado, diluído, semeado em meio seletivo CHROMagar™ Candida e incubado a 37°C por 48 h. A análise de variância para dois fatores (p<0,05%) mostrou que as próteses mandibulares apresentaram uma média de porcentagem de biofilme (µ=26,90±21,10) maior que as maxilares (µ=18±15). O teste complementar de Tukey (0,46; p<5%) mostrou que a escovação com Corega Brite e Oral Balance (µ=15,87 ± 18,47) foi mais efetiva que o dentifrício (µ=19,47 ± 17,24), sabonete neutro (µ=23,90 ± 18,63), ou água de torneira (controle; µ=32,50 ± 20,68). Em relação á análise microbiológica, o teste de Qui-Quadrado não indicou diferença entre os produtos de higiene, para ambas as próteses. As espécies de leveduras mais comumente isoladas foram C. albicans, C. tropicalis e C. glabrata. Em conclusão, as próteses mandibulares apresentaram mais biofilme do que as maxilares. Além disso, a escovação das próteses com o Corega Brite associado ao uso do Oralbalance foi o método mais efetivo na redução dos níveis de biofilme, entretanto o uso dos produtos não demonstrou diferença no número de ufc de leveduras.
This study compared the levels of biofilm in maxillary and mandibular complete dentures and evaluated the number of colony-forming units (cfu) of yeasts, after using auxiliary brushing agents and artificial saliva. Twenty-three denture wearers with hyposalivation and xerostomia were instructed to brush the dentures 3 times a day during 3 weeks with the following products: Corega Brite denture dentifrice, neutral liquid soap, Corega Brite combined with Oral Balance (artificial saliva) or tap water. For biofilm quantification, the internal surfaces of the dentures were disclosed, photographed and measured using a software. For microbiological analysis, the biofilm was scrapped off, and the harvested material was diluted, sown in CHROMagar™ Candida and incubated at 37°C for 48 h. Data were analyzed statistically by two-way ANOVA and Tukey's test (α=0.05). Mandibular dentures presented a mean biofilm percentage (µ=26.90 ± 21.10) significantly greater than the maxillary ones (µ=18.0 ± 15.0) (p<0.05). Brushing using Corega Brite combined with Oral Balance (µ=15.87 ± 18.47) was more effective (p<0.05) than using the denture dentifrice (µ=19.47 ± 17.24), neutral soap (µ=23.90 ± 18.63) or tap water (control; µ=32.50 ± 20.68). For the microbiological analysis, the chi-square test did not indicate significant difference between the hygiene products for either type of denture. The more frequently isolated species of yeasts were C. albicans, C. tropicalis and C. glabrata. In conclusion, mandibular dentures had more biofilm formation than maxillary ones. Denture brushing with Corega Brite dentifrice combined with the use of Oral Balance was the most effective method for reduction of biofilm levels, but the use of products did not show difference in yeast cfu counts.