RESUMO: A mobilidade educacional intergeracional ascendente pode ser entendida como a situação em que os filhos superam a escolaridade de seus pais. O objetivo deste estudo foi identificar quais fatores estão associados a maiores chances de adolescentes de 16 a 19 anos, filhos de mulheres de baixa escolaridade, conseguirem concluir ao menos o ensino fundamental. Apesar de modesta, esta é uma conquista recente no país e ainda ocorre de forma desigual. Os dados utilizados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (1996 e 2012). Os resultados indicam que adolescentes do sexo feminino, brancos e aqueles com menor número de irmãos possuem maiores chances de mobilidade ascendente. Em 2012, o fato de o adolescente trabalhar também favoreceu a mobilidade educacional ascendente.
ABSTRACT: Upward intergenerational mobility can be understood as the situation in which children overcome the schooling of their parents. The aim of this study was to identify which factors are associated with higher odds of 16 to 19 years old teenagers, children of poorly educated women, being able to complete, at least, primary school. Although modest, this is a recent development in the country and still occurs unevenly. The data used are from Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (National Survey of Households, 1996 e 2012). The results indicate that adolescent females, whites and those with fewer siblings have greater chances of upward mobility. In 2012, the fact that the teenager was working also favored the upward educational mobility.
RÉSUMÉ: La mobilité d’éducation intergénérationnelle ascendante peut être comprise comme la situation dans laquelle les enfants dépassent la scolarité de leurs parents. L’objectif de cette étude est celui d’identifier les facteurs qui sont associés à une plus grande chance que les adolescents de 16 à 19, descendants de femmes peu instruites, soient capables d’accomplir au moins l’école primaire. Bien que modeste, c’est un développement récent dans le pays et se produit encore de manière inégale. Les données utilisées proviennent de la « Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios » (Recherche Nationale par Échantillon de Domiciles, 1996 et 2012). Les résultats indiquent que les jeunes filles, les blancs et ceux qui ont moins de frères ont plus de chances de mobilité ascendante. En 2012, le fait que l’adolescent travaille a été aussi favorable à la mobilité d’éducation ascendante.