Neste artigo, interrogamos os funcionamentos do conceito de platô em "Mil Platôs" (1980), a obra-prima de Deleuze e Guattari. Essa pesquisa esclarece, de forma concreta, duas linhas de pensamento, que são a epistemológica, por um lado, e a ética, por outro, enfocando os parágrafos nos quais Deleuze e Guattari usam efetivamente esse conceito. Do ponto de vista epistemológico, o conceito de platô permite praticar uma maneira de escrita rizomática e a explicação antiteleológica. Do ponto de vista ético, esse conceito, tirado de Gregory Bateson, nos convida a formar a alegria contínua e global, ou a gaieté em termos espinosistas.
In this paper, we question the workings of the concept of plateau in "A Thousand Plateaus" (1980), Deleuze and Guattari's chef-d'oeuvre. This research specifically clarifies two lines of thought, which are epistemological on the one hand, and ethics on the other hand, focusing on the paragraphs where Deleuze and Guattari actually employ this concept. From the epistemological point of view, the concept of plateau allows practicing a way of rhizomatic writing and anti-teleological explanation. From the point of view of ethics, this concept borrowed from Gregory Bateson invites us to form the continuous and global joy, or gaiety in Spinoza's terms.