Resumo Nosso trabalho indaga um paradoxo que organiza as cartas de Julián del Casal (1889-1893), nas quais simultaneamente abunda a inscrição do incômodo psíquico, o spleen, da maneira em que era exigido pela época para a configuração da figura do artista decadentista, enquanto é negada ou minimizada a potência devastadora da doença física que acabará com a vida do poeta aos 33 anos de idade. Partindo dessas condições - dizer e não dizer a angustia - nos perguntamos: o que é aquilo que pode ou não pode ser escutado no final do século XIX na América Hispânica dentro de um gênero definido como íntimo? O que pode ou não pode ser dito nesse momento sobre a ameaça e sobre o não saber em torno do próprio corpo, mas também sobre o corpo social? Onde podem ser encontradas palavra para dizer o indizível da morte jovem?
Abstract Our work addresses a paradox that crosses the letters of Julián del Casal (1889-1893), in which he inscribes, profusely, the psychic malaise, the spleen, as required at the time to compose the figure of decadent artist, while simultaneously denies or minimizes the devastating power of the physical illness that would interrupt his life at the age of 33. Considering these conditions of stating and not stating the anguish, we ask ourselves: What can be heard - or not - in a supposedly intimate genre in the late 19th Century in Hispanic America? What can be said - or not - at that particular moment on the threat and the ignorance concerning one’s own body, and concerning the social body as well? Where to find words to express the unspeakable about the young death?
Resumen Nuestro trabajo se interroga acerca de una paradoja que articula las cartas de Julián del Casal (1889-1893), en las que simultáneamente se abunda en la inscripción del malestar síquico, el spleen, tal como la época demandaba para la configuración de la figura del artista decadentista, mientras se niega o minimiza la potencia devastadora de la enfermedad física que terminará con su vida a los 33 años. A partir de estas condiciones del decir y no decir la angustia, nos preguntamos: ¿Qué es lo que se puede o no escuchar a finales del siglo XIX en Hispanoamérica en un género supuestamente íntimo? ¿Qué es lo que se puede o no decir en ese momento sobre la amenaza y el no saber acerca del propio cuerpo, pero también acerca del cuerpo social? ¿Dónde encontrar palabras para decir lo indecible de la muerte joven?