RESUMO Objetivo - O presente estudo visa analisar a relação entre os ativos intangíveis e o desempenho econômico das companhias abertas brasileiras. Desenho/metodologia/abordagem - Foi calculado o Grau de Intangibilidade (DI) para segregar as empresas em dois grupos: intangível-intensivas e tangível-intensivas em uma amostra de empresas listadas brasileiras de 2012 a 2016. Foi aplicado o Teste de Mann-Whitney para verificar se existem diferenças estatisticamente significativas entre esses dois grupos de empresas, considerando Margem Operacional, Retorno sobre o Patrimônio Líquido, Retorno sobre o Ativo, Valor de Mercado Adicionado e Lucro por Ação. Resultados - Os resultados mostram que as empresas intensivas em intangíveis apresentam melhor desempenho econômico na maior parte dos indicadores e anos analisados. Além disso, não foram encontrados resultados significativos para a variável Lucro por Ação, embora os valores médios da soma dos ranks das empresas intangíveis-intensivas sejam superiores às das tangíveis-intensivas na maior parte dos anos. Implicações práticas - Os resultados visam contribuir para as discussões sobre a importância dos recursos intangíveis como determinantes de vantagens competitivas e desempenho econômico, aumentando assim o valor de mercado das empresas. Nesse sentido, os investimentos em recursos intangíveis podem ser aplicados na adoção de iniciativas em mercados e na definição de posições estratégicas nas empresas. Por fim, o presente estudo também contribui para o mercado de capitais, uma vez que a relação entre ativos intangíveis e desempenho econômico pode ser útil para detectar oportunidades de investimento. Originalidade/valor - Estudos anteriores analisaram a relação entre ativos intangíveis e desempenho econômico com outros períodos e outros tipos de empresas. No presente estudo, também foram consideradas diferentes proxies para desempenho econômico como Margem Operacional, Retorno sobre o Patrimônio Líquido, Retorno sobre o Ativo, Valor de Mercado Adicionado e Lucro por Ação.
ABSTRACT Purpose The study aims to analyze the relationship between intangible assets and the economic performance of Brazilian public companies. Design/methodology/approach We calculated the Degree of Intangibility (DI) to segregate companies into two groups: intangible-intensive and tangible-intensive in a sample of Brazilian public companies from 2012 to 2016. We applied the Mann-Whitney test to verify whether there were statistically significant differences between these two groups of companies concerning the Operating Margin, Return on Equity, Return on Assets, Market Value Added and Earning per Share. Findings The results show that intangible-intensive companies presented higher economic performance in most part of the indicators and years analyzed. In addition, we did not find significant results for Earnings per Share, although the signed rank sum mean values of intangible-intensive are higher than tangible-intensive companies in most part of the years. Practical implications - The findings seek to contribute to discussions about the importance of intangible resources as determinants of competitive advantages and reflecting in higher economic performance, and thus increasing market value. In this sense, investments in intangible resources can be applied in adopting initiatives in markets and definition of strategic positions in companies. Finally, our study seeks also to contribute to capital markets since the relationship between intangible assets and economic performance can be useful in detecting investment opportunities. Originality/value Previous studies analyzed the relationship between intangible assets and economic performance with other periods and samples. We also measured different proxies for economic performance as Operating Margin, Return on Equity, Return on Assets, Market Value Added and Earnings per Share.