Resumo Este artigo tem como foco as memórias como aparecimento social e resistência ao apagamento e ao sufocamento do luto compulsórios. As análises voltam-se para narrativas que, reservadas as suas diferenças e singularidades, trazem vidas e histórias cujas barbáries, ao aparecerem na vida política do presente, emergem como modos de escavar a história e a vida em sua perspectiva totalitária e desenvolvimentista. Essas narrativas são: memórias da ditadura e do exílio, que resistem ao apagamento social, trazendo à cena pública a experiência do luto; e memórias de infâncias dissidentes à heteronormatividade e marcadas por violências alinhadas a essa norma, cuja escritura faz aparecer socialmente o que não pode existir.
Abstract This paper focuses on memories as social appearance and resistance to the compulsory erasure and suffocation of mourning. The analyzes refer to narratives that, reserved for their differences and singularities, bring lives and stories whose barbarities, appearing in the political life of the present, emerge as ways of excavating history and life in their totalitarian and developmental perspective. These narratives are: memories of dictatorship and exile, which resist to social erasure, bringing to the public scene the experience of mourning; and memories of childhoods dissident to heteronormativity and marked by violence aligned with this norm, whose writing makes socially appear what cannot exist.
Resumen Este artículo se centra en memorias como aparecimiento social y resistencia a la eliminación obligatoria y a la supresión del dolor. Los análisis recurren a narrativas que, reservadas por sus diferencias y singularidades, traen vidas e historias cuya barbarie, al aparecer en la vida política actual, emergen como formas de excavar la historia y la vida en su perspectiva totalitaria y desarrollista. Estas narrativas son: memorias de la dictadura y el exilio, que resisten al apagamiento social, trayendo a la escena pública la experiencia del duelo; y memorias de infancias disidentes de la heteronormatividad y marcadas por violencias alineadas con esta norma, cuya escritura hace socialmente visible lo que no puede existir.