OBJECTIVE: To analyze the determinants of infant mortality in Araçuaí, Joaíma, Jordânia, and Novo Cruzeiro, cities located in the Jequitinhonha Valley, Minas Gerais State, Brazil. METHODS: This was a case-control study including 36 infant deaths that occurred in 2008 and 72 live births, which did not evolve to death, randomly selected in the same period as controls. Demographic and socioeconomic data, maternal obstetric history, prenatal and childbirth care, and biological conditions of mothers and newborns were obtained using a structured questionnaire. Multivariate analyses of hierarchical logistic regression were conducted to evaluate the association of infant death and the study variables. RESULTS: Deaths in the neonatal period (55%) were predominant. Children from mothers with a history of stillbirth (p<0.001) and children who were born preterm (p=0.01), or with some type of malformation (p<0.001) remained independently associated with mortality. Children whose families did not receive government aid and resided in households with less favorable conditions had a higher chance to die in the first year of life. CONCLUSIONS: perinatal causes were important determinants of infant mortality in this study, although poor socioeconomic conditions also interfered significantly in the occurrence of deaths, indicating social problems and poor access to health services. The challenge of reducing infant deaths in the studied cities include the need for improvements in access and quality of maternal and child health care and demand for public policies that aimed at reducing socioeconomic inequalities.
El presente estudio buscó analizar los determinantes de mortalidad infantil en Araçuaí, joaíma, Jordania y Novo Cruzeiro, municipios del Valle de jequitinhonha, MG, Brasil. Se trata de un estudio de caso y control, con 36 casos de muerte infantil en 2008 y 72 controles de niños nacidos vivos, seleccionados al azar, que no fallecieron. Los datos demográficos y socioeconômicos, antecedentes obstétricos maternos, atención prenatal, parto y condiciones biológicas de las madres y de los recién nacidos se obtuvieron mediante un cuestionario estructurado dirigido a las madres. Se realizó un análisis de regresión logística jerárquica para evaluar la asociación de la mortalidad infantil con las variables del estudio. Los resultados señalaron que los óbitos predominaron en el período neonatal (55%). Los hijos de madres con antecedentes de muerte fetal (p<0,001) y los niños nacidos prematuros (p=0,01) o con alguna malformación (p<0,001) permanecieron independientemente asociados a la mortalidad. Los niños cuyas familias no recibían ayuda del gobierno y vivían en hogares en condiciones desfavorables también eran más propensos a morir el primer año de vida. Las causas perinatales fueron determinantes importantes de mortalidad infantil en esta población, aunque las condiciones socioeconômicas también interfieren de manera significativa en la incidencia de muerte infantil, mostrando los problemas sociales y el escaso acceso a los servicios de salud. Reducir la mortalidad infantil en las ciudades estudiadas implica la necesidad de mejorar el acceso y la calidad de los servicios de salud materno - infantil y exigir políticas públicas destinadas a reducir las desigualdades socioeconômicas.
OBJETIVO: analisar os determinantes da mortalidade infantil nos municípios de Araçuaí, Joaíma, Jordânia e Novo Cruzeiro, localizados no Vale do Jequitinhonha-MG, Brasil. MÉTODOS: estudo caso-controle, sendo os casos 36 óbitos infantis ocorridos em 2008 e controles 72 nascidos vivos e que não evoluíram para óbito, sorteados aleatoriamente. Os dados demográficos e socioeconômicos, de antecedentes obstétricos maternos, atenção ao pré-natal e ao parto e condições biológicas das mães e recém-nascidos foram obtidos utilizando-se questionário estruturado com as mães. Análise de regressão logística hierarquizada foi realizada para avaliar a associação do óbito infantil com as variáveis do estudo. RESULTADOS: predominaram os óbitos no período neonatal (55%). Filhos de mulheres com história prévia de natimorto (p<0,001) e crianças que nasceram prematuras (p=0,01) ou com alguma malformação (p<0,001) permaneceram independentemente associados à mortalidade. Crianças cujas famílias não recebiam auxílio governamental e residiam em moradias com condições desfavoráveis também exibiram mais chances de morrer no primeiro ano de vida. CONCLUSÕES: causas perinatais foram importantes determinantes da mortalidade infantil na população estudada, embora precárias condições socioeconômicas ainda interfiram significativamente na ocorrência dos óbitos infantis, mostrando problemas sociais e dificuldades de acesso aos serviços de saúde. O desafio de redução dos óbitos infantis nos municípios estudados engloba a necessidade de melhorias no acesso e na qualidade dos serviços de saúde materno-infantil e a demanda por políticas públicas que visem à redução das desigualdades socioeconômicas.