Resumo Objetivo: a cirurgia fast-track (FTS) foi rapidamente abraçada por cirurgiões como um mecanismo para melhorar o atendimento ao paciente e reduzir complicações e custos. O objetivo deste estudo foi determinar se qualquer melhoria nos resultados de um protocolo FTS para desconexão seletiva dupla porta (SDPDPV), quando comparado ao cuidado pós-operatório não FTS. Métodos: pacientes candidatos a SDPDPV, no período de janeiro de 2012 a abril de 2014, foram selecionados aleatoriamente para o grupo FTS ou grupo não FTS. Um protocolo projetado foi utilizado no grupo FTS, com ênfase em uma abordagem interdisciplinar. O grupo não FTS foi tratado por meio de procedimentos padrão, estabelecidos previamente. O número de complicações pós- -operatórias, o tempo de recuperação funcional e o tempo de internação hospitalar foram registrados. Resultados: os pacientes do grupo de FTS (n=59) e grupo não FTS (n=57) não diferiram em termos de dados pré-operatórios e detalhes cirúrgicos (p>0,05). O procedimento FTS levou à melhora significativa do controle e à restauração mais rápida das funções gastrointestinais, tolerância alimentar, reabilitação e alta hospitalar (p<0,05). Complicações pós-operatórias, incluindo náuseas/vômitos, ascite grave, infecção da ferida, infecção urinária e infecção pulmonar foram significativamente menores no grupo FTS (p<0,05). De acordo com a classificação de morbidade pós-operatória utilizado por Clavien, complicações gerais e complicações de classe I foram ambas significativamente mais baixas no grupo de FTS em comparação com o grupo não FTS (p<0,05). Conclusão: a adoção do protocolo FTS ajudou a recuperar as funções gastrointestinais, reduzir a frequência de complicações pós-operatórias e reduzir tempo de internação hospitalar. A estratégia FTS é segura e eficaz para melhorar os resultados pós-operatórios.
Summary Introduction/objective: fast-tract surgery (FTS) has been rapidly embraced by surgeons as a mechanism for improving patient care and driving down complications and costs. The aim of this study was to determine if any improvement in outcomes occurred after FTS protocol for selective double portazygous disconnection with preserving vagus (SDPDPV) compared with non-FTS postoperative care. Methods: patients eligible for SDPDPV in the period January 2012-April 2014 were randomly selected for the FTS group or non-FTS group. A designed protocol was used in the FTS group with emphasis on an interdisciplinary approach. The non-FTS group was treated using previously established standard procedures. The number of postoperative complications, time of functional recovery and duration of hospital stay were recorded. Results: patients in the FTS group (n=59) and non-FTS group (n=57) did not differ in terms of preoperative data and operative details (p>0.05). The FTS procedure led to significantly better control and faster restoration of gastrointestinal functions, food tolerance, rehabilitation and hospital discharge (p<0.05). Postoperative complications, including nausea/vomiting, severe ascites, wound infection, urinary tract infection and pulmonary infection were all significantly lower in the FTS group (p<0.05). According to the postoperative morbidity classification used by Clavien, overall complications and grade I complications were both significantly lower in the FTS group compared with the non-FTS group (p<0.05). Conclusion: adopting the FTS protocol helped to recover gastrointestinal functions, to reduce frequency of postoperative complications and to reduce hospital stay. The FTS strategy is safe and effective in improving postoperative outcomes.