Resumo O presente artigo tem por objetivo abordar a obra O Spleen de Paris, publicada postumamente em 1869, a partir da correspondência de Charles Baudelaire, considerando um recorte temporal que se inicia por volta de 1857, ano que marca a aparição das primeiras referências, no âmbito da correspondência, a um projeto de livro de poemas em prosa. Iniciamos a reflexão sobre o gênero epistolar (MORAES, 2009; SANTIAGO, 2002) e sobre as especificidades da correspondência de Baudelaire (PICHOIS, 1973), para, em seguida, analisar seus numerosos comentários (COMPAGNON, 2014, GUYAUX, 2014) sobre O Spleen de Paris. Em suma, a leitura dessas cartas é imprescindível para um pesquisador do poeta das Flores do mal.
Abstract The aim of this article is to study the work The Spleen of Paris, published posthumously in 1869, from the correspondence of Charles Baudelaire, considering a temporal cut that begins around 1857, year that marks the appearance of the first references, in the scope of the correspondence, to a project of book of poems in prose. We begin the reflection on the epistolary genre (MORAES, 2009; SANTIAGO, 2002) and on the specificities of Baudelaire's correspondence (PICHOIS, 1973), and then analyze its numerous comments (COMPAGNON, 2014, GUYAUX, 2014) on The Spleen of Paris. In short, the reading of these letters is imperative for a researcher of the poet of Flowers of evil.
Résumé : Cet article a pour objectif d’aborder Le Spleen de Paris, publié posthumément en 1869, à partir de la correspondance de Charles Baudelaire, et plus précisément des lettres qu’il a envoyées entre 1857 (année où apparaissent les premières références à un projet de recueil de poèmes en prose) et 1866. Notre réflexion s’ouvre d’abord au genre épistolaire (MORAES, 2009; SANTIAGO, 2002) et aux spécificités de la correspondance de Baudelaire (PICHOIS, 1973), pour analyser, par la suite, les nombreuses allusions au Le Spleen de Paris qu’elle contient (COMPAGNON, 2014, GUYAUX, 2014) : la lecture des lettres est indispensable à tout chercheur qui se consacre au Spleen de Paris.