INTRODUÇÃO: As emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente (EOAT) têm sido a técnica mais utilizada para a realização da triagem auditiva neonatal. Sendo importante analisar suas medidas correlacionando com outras alterações que pode acometer o sistema auditivo da criança. OBJETIVO: Analisar a ocorrência e os níveis de resposta das emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente em lactentes com refluxo gastroesofágico fisiológico (RGEF). MÉTODO: Estudo prospectivo foi realizado no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Santa Juliana. Participaram do estudo 118 bebês, de recém nascidos há seis meses, encaminhados por pediatras e gastropediatras, nascidos pré-temo ou termo e distribuídos em dois grupos: Grupo Estudo: 63 lactentes com diagnóstico clínico de refluxo gastroesofágico fisiológico, e Grupo Controle: 55 lactentes sem refluxo gastroesofágico fisiológico. Foi realizada a avaliação da função auditiva periférica por meio dos exames de emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente e otoscopia realizada por otorrinolaringologista. RESULTADOS: Os níveis médios de respostas das emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente foram maiores no grupo sem refluxo para as bandas de frequências de 2kHz, 2,5kHz, 3kHz, 3,5kHz e 4,5kHz bilateralmente, com diferenças estatisticamente significantes, obtendo-se valores médios de 7,71dB e 7dB na orelha direita, encontrados nas bandas de frequências de 2 e 4kHz, respectivamente. CONCLUSÃO: Houve menor ocorrência e menor nível de respostas das emissões otoacústicas transientes em crianças com refluxo gastroesofágico fisiológico quando comparados a crianças sem refluxo.
INTRODUCTION: The transient-evoked otoacoustic emissions (TEOAE) have been the most widespread technique to perform neonatal hearing screening. Scrutinizing their measures by way of an association with other alterations that may impair the infant's auditory system is important. OBJECTIVE: Analyze the incidence and the response levels of the transient-evoked otoacoustic emissions on infants having a physiological gastroesophageal reflux disease (GERD). METHOD: A prospective study was performed at Santa Juliana Hospital's Otorhinolaryngology Department. 118 prematurely-born and timely-born babies, from newly-born to 6 months old, who were sent by pediatricians and gastropediatricians, participated in the study and they were divided into two groups: Study Group: 63 infants clinically diagnosed of a physiological gastroesophageal reflux disease, and Control Group: 55 infants without a physiological gastroesophageal reflux. The peripheral hearing function was evaluated by both transient-evoked otoacoustic emissions and otoscopy examinations performed by an otorhinolaryngologist. RESULTS: The average response levels of the transient-evoked otoacoustic emissions were higher in the non-reflux group for frequency bands of 2kHz, 2. 5kHz, 3kHz, 3. 5kHz and 4. 5kHz bilaterally, with a statistically significant difference, achieving the average values of 7. 71dB and 7dB in the right ear found in the frequency bands of 2 and 4kHz, respectively. CONCLUSION: There was a lower incidence and a lower response level of the transient-evoked otoacoustic emissions in physiological gastroesophageal reflux children in comparison with children having no reflux.