ResumoEsta pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, teve como foco a narrativa dos profissionais de Centros de Atenção Psicossocial infantojuvenis. O objetivo foi descrever e analisar as trajetórias de trabalhadores desses centros e suas relações com o processo de inserção e prática nesse campo, bem como compreender como essa trajetória influencia na atuação cotidiana dos profissionais. Utilizou-se um questionário com perguntas abertas e entrevistas narrativas. O universo do estudo compreendeu oito trabalhadores de diferentes categorias profissionais, lotados em dois centros de atenção psicossocial infantojuvenis no município de São Paulo, Brasil, um gerenciado diretamente pela prefeitura e o outro, por uma organização social de saúde. Evidenciou-se que a vida política pouco é citada pelos trabalhadores da organização, enquanto para os profissionais da prefeitura representa um importante sentido do trabalho. Todos os profissionais entrevistados guardam semelhanças entre si, dentre as quais: a assimilação do tratamento ofertado às crianças aos cânones adultos, a passagem por hospitais e consultórios em suas trajetórias e o foco do olhar do profissional dirigido à doença e não ao sujeito do sofrimento. Presos nessas representações, os profissionais vivem competências, habilidades e pensamentos que dão origem à improvisação e à angústia.
AbstractThis qualitative exploratory study focused on the narrative of professionals working at Childhood and Adolescent Psychosocial Care Centers. The goal was to describe and analyze the backgrounds of the staff of these centers and their relationship to the process of insertion and practice in this field, as well as to understand how these backgrounds influence these professionals’ everyday work. A questionnaire with open questions and narrative interviews were used. The total study population comprised eight workers from different professional categories working at two childhood and adolescent psychosocial care centers in the city of São Paulo, state of São Paulo, Brazil, one managed directly by the city, while the other by a social health organization. It was shown that politics is not often cited by the organization's employees, while for city professionals is an important part of the meaning of their work. All respondents bear similarities, among which the assimilation of the treatment offered to children based on adult rules, having worked at hospitals and clinics, and the professional's focus on the disease, not the subject of the suffering. Captive of these representations, these professionals experience competencies, skills, and thoughts that give rise to improvisation and anguish.
ResumenEsta investigación exploratoria, de carácter cualitativo, se centró en la narrativa de los profesionales de Centros de Atención Psicosocial para niños y adolescentes. El objetivo fue describir y analizar las trayectorias de trabajadores de estos centros y su relación con el proceso de inserción y práctica en este campo, así como comprender cómo esta trayectoria influye en el quehacer cotidiano de los profesionales. Se utilizó un cuestionario con preguntas abiertas y entrevistas narrativas. El universo de estudio comprendió ocho trabajadores de diferentes categorías profesionales, asignados a dos centros de atención psicosocial de niños y adolescentes, en el municipio de São Paulo, estado de São Paulo, Brasil; uno administrado directamente por la municipalidad y el otro, por una organización social de salud. Se observó que la vida política es poco citada por los trabajadores de la organización, mientras que para los profesionales de la municipalidad representa un importante sentido del trabajo. Todos los profesionales entrevistados guardan similitudes entre sí, entre ellas: la asimilación del tratamiento ofrecido a niños a los conceptos adultos, el pasaje por hospitales y consultorios en sus trayectorias y el foco de la mirada del profesional dirigido a la enfermedad y no al sujeto del sufrimiento. Prisioneros de estas representaciones, los profesionales viven competencias, habilidades y pensamientos que dan origen a la improvisación y la angustia.