OBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados a sintomas depressivos em idosos. MÉTODOS Estudo epidemiológico transversal e de base domiciliar (inquérito EpiFloripa Idoso) com 1.656 idosos, realizado por conglomerados em dois estágios, setores censitários e domicílios, em Florianópolis, SC. A prevalência de sintomas depressivos (desfecho) foi obtida por meio da Geriatric Depression Scale (GDS-15), e testadas associações segundo variáveis sociodemográficas, de saúde, comportamentais e sociais. Foram calculadas razões de prevalências brutas e ajustadas com intervalo de 95% de confiança por regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de sintomas depressivos foi de 23,9% (IC95% 21,84;26,01). Os fatores de risco associados no modelo final foram: escolaridade de cinco a oito anos (RP = 1,50; IC95% 1,08; 2,08), um a quatro anos (RP = 1,62; IC95% 1,18; 2,23) e nenhum ano de estudo (RP = 2,11; IC95% 1,46;3,05); situação econômica pior quando comparada com a que tinha aos 50 anos (RP = 1,33; IC95% 1,02;1,74); déficit cognitivo (RP = 1,45; IC95% 1,21;1,75); percepção de saúde regular (RP = 1,95; IC95% 1,47;2,60) e ruim (RP = 2,64; IC95% 1,82;3,83); dependência funcional (RP = 1,83; IC95% 1,43; 2,33); e dor crônica (RP = 1,35; IC95% 1,10;1,67). Grupo etário de 70 a 79 anos (RP = 0,77; IC95% 0,64;0,93); atividade física de lazer (RP = 0,75; IC95% 0,59;0,94); participação em grupos de convivência ou religiosos (RP = 0,80; IC95% 0,64;0,99); e ter relação sexual (RP = 0,70; IC95% 0,53;0,94) mostraram-se fatores protetores ao aparecimento dos sintomas depressivos. CONCLUSÕES Situação clínica adversa, desvantagem socioeconômica e pouca atividade social e sexual mostraram-se associadas aos sintomas depressivos em idosos.
OBJETIVO Analizar la prevalencia y factores asociados a síntomas depresivos en ancianos. MÉTODOS Estudio epidemiológico transversal y de base domiciliar (pesquisa EpiFloripa Anciano ) con 1.656 ancianos, realizado por conglomerados en dos fases, sectores censitarios y domicilios, en Florianópolis, SC, Brasil. La prevalencia de síntomas depresivos (resultado) fue obtenida por medio de la Geriatric Depression Scale (GDS-15), y evaluadas asociaciones según variables sociodemográficas, de salud, comportamiento y sociales. Se calcularon tasas de prevalencia brutas y ajustadas con intervalo de 95% de confianza por regresión de Poisson. RESULTADOS La prevalencia de síntomas depresivos fue de 23,9% (IC95% 21,84;26,01). Los factores de riesgo asociados en el modelo final fueron: escolaridad de cinco a ocho años (RP = 1,50; IC95% 1,08; 2,08), uno a cuatro años (RP = 1,62; IC95% 1,18; 2,23) y ningún año de estudio (RP = 2,11; IC95% 1,46;3,05); situación económica peor al compararse con la que tenía a los 50 años (RP = 1,33; IC95% 1,02;1,74); déficit cognitivo (RP = 1,45; IC95% 1,21;1,75); percepción de salud regular (RP = 1,95; IC95% 1,47;2,60) y mala (RP = 2,64; IC95% 1,82;3,83); dependencia funcional (RP = 1,83; IC95% 1,43; 2,33) y dolor crónico (RP = 1,35; IC95% 1,10;1,67). Grupo etario de 70 a 79 años (RP = 0,77; IC95% 0,64;0,93); actividad física de placer (RP = 0,75; IC95% 0,59;0,94); participación en grupos de convivencia o religiosos (RP = 0,80; IC95% 0,64;0,99) y tener relación sexual (RP = 0,70; IC95% 0,53;0,94) se mostraron como factores protectores de la aparición de los síntomas depresivos. CONCLUSIONES Situación clínica adversa, desventaja socioeconómica y poca actividad social y sexual se mostraron asociados a los síntomas depresivos en ancianos.