Resumo Introdução. Embora seja frequentemente assumido que a crise da COVID-19 tenha aumentado a colaboração entre professores, os estudos empíricos sobre esse tema são escassos. Objetivos. O objetivo desta pesquisa é investigar o que ocorreu em termos de colaboração entre professores em seis escolas secundárias públicas na Região Metropolitana do Chile durante dois anos da pandemia (2020-2021). Metodologia. Foi utilizada uma abordagem metodológica qualitativa, por meio de um estudo de caso múltiplo, com foco em entrevistas individuais semiestruturadas. Os diretores e professores das seis escolas secundárias foram entrevistados três vezes, totalizando 146 entrevistas. Resultados. I) A crise resultou em três momentos distintos: respostas de emergência, trabalho remoto e modos presenciais adaptados que afetaram o trabalho colaborativo. II) Houve três tarefas compartilhadas: ensino à distância, resposta às necessidades emergentes dos estudantes, priorizando a aprendizagem, e a renovação das abordagens de ensino, nas quais os professores centraram sua colaboração profissional. III) Dois fatores, a cultura de colaboração prévia e a liderança escolar, mediram as diferentes respostas das escolas secundárias. Conclusão. Embora a crise inicialmente tenha contribuído para um aumento da colaboração entre os professores em todas as escolas estudadas, em muitos casos, essa colaboração diminuiu à medida que o ano letivo progrediu em direção a uma maior normalização, sem se projetar no tempo. Apenas algumas escolas conseguiram tornar sustentáveis os progressos alcançados, realizando mudanças em sua gestão institucional e pedagógica, assim como nas condições de trabalho dos professores, a fim de integrar essas mudanças em seu funcionamento ao retornar ao ensino presencial. Um aspecto fundamental para compreender a diferença entre as escolas foi a aprendizagem organizacional, entendida como a capacidade das escolas de transformar a crise em uma oportunidade de transformação, especialmente na colaboração entre os professores.
Resumen Introducción. Si bien suele afirmarse que la crisis del COVID-19 aumentó la colaboración docente, son escasos los estudios empíricos al respecto. Objetivos. La investigación buscó indagar lo ocurrido en materia de colaboración docente en seis liceos públicos de la Región Metropolitana, Chile, durante dos años de pandemia (2020-2021). Metodología. Se utilizo una metodología cualitativa, de estudio de casos, y se privilegió la técnica de entrevista semi-estructurada individual. Se entrevistó tres veces a directivos y docentes de los seis liceos, totalizándose 146 entrevistas. Resultados. I) La crisis tuvo tres momentos distinguibles: soluciones emergencia, instalación modelo a distancia, presencialidad alterada, que incidieron en cuanto al trabajo colaborativo. II) Existieron tres tareas compartidas: enseñar a distancia, atender necesidades emergentes de estudiantes, priorizar los aprendizajes y renovar su modo de enseñarlo, en que el personal docente concentró su colaboración profesional. III) Dos factores, la cultura de colaboración previa y el liderazgo de directivos, incidieron en que los liceos tuviesen respuestas diferenciadas. Conclusiones. Si bien la crisis, en un primer momento, contribuyó a la generación de una mayor colaboración docente en todos los liceos estudiados, en muchos casos se fue diluyendo a medida que se avanzaba hacia una mayor normalización del año escolar, sin lograr proyectarse en el tiempo. Solo algunos liceos lograron hacer sostenibles los avances alcanzados, haciendo cambios en su gestión institucional y pedagógica, así como en las condiciones de trabajo docente, que permitieron integrarlos en su funcionamiento en la vuelta a la presencialidad. Un aspecto clave para comprender la diferencia entre los liceos fue el aprendizaje organizacional, entendido como la capacidad de los liceos para transformar la crisis en una oportunidad de transformación, precisamente en la colaboración entre docentes.
Abstract Background. Although it is often assumed that the COVID-19 crisis led to increased teacher collaboration, there is a scarcity of empirical studies in this area. Aims. This research aims to investigate the impact of the pandemic on teacher collaboration in six public high schools in the Metropolitan Region of Chile over a two-year period (2020-2021). Methods. A qualitative methodology was employed, utilizing a multiple case study design, with a focus on conducting individual semi-structured interviews. Principals and teachers from the six high schools were interviewed three times, resulting in a total of 146 interviews. Results. I) The crisis resulted in three distinct moments: emergency responses, remote working, and adapted face-to-face modes that affected collaborative work. II) Three shared tasks emerged: remote teaching, addressing emerging student needs (prioritizing learning), and renewing teaching approaches on which teachers focused their professional collaboration. III) Two key factors, namely social capital and a pre-existing culture of collaboration, as well as effective school leadership, played a mediating role in the varied responses observed among the high schools. Conclusions. Although the crisis initially contributed to increased teacher collaboration across all the high schools examined, this collaboration often diminished as the school year progressed and returned to a more normal state, without extending over time. Only a few high schools were able to sustain the progress made and implement changes in their institutional and pedagogical management, as well as in their teaching working conditions. These changes facilitated a successful transition to face-to-face teaching. The key factor to understand the difference between the high schools lay in organizational learning, which can be defined as the schools’ capacity to convert crises into opportunities for transformation, specifically through collaboration among teachers.