A automedicação é uma prática bastante difundida não apenas no Brasil, mas também em outros países. Essa é definida como uso de medicamentos sem prescrição médica, na qual o próprio paciente decide qual fármaco utilizar. O objetivo geral deste projeto de pesquisa é descrever o padrão de consumo de medicamentos sem prescrição médica na cidade de Porto Alegre, RS, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2007. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e prospectivo, no qual foram estudadas 742 pessoas, de ambos os sexos, com idades que variavam entre os 18 e 70 anos, residentes em Porto Alegre, RS entre os meses de janeiro e fevereiro de 2007, após a confirmação de que estas se automedicam. Houve um predomínio (57,54%) de mulheres na amostra estudada. Em relação à influência de meios de comunicação para optar por um fármaco, a maioria (76,28%) não é sugestionada por tais meios. Em relação à variável número de consultas médicas, nos últimos doze meses verificou-se que a maioria (26,81%) consultou duas vezes. Os presentes dados confirmam a importância do estudo da automedicação e apóiam a hipótese da ingênua e excessiva crença da sociedade atual no poder dos medicamentos.
Self-medication is a very common practice not only in Brazil but also in other countries. It is defined as medication of oneself without medical advice, the patient himself deciding which drug to use. The overall objective of this study is to describe the pattern of drug consumption without medical prescription in the city of Porto Alegre between January and February 2007. It was an observational, transversal, descriptive and prospective study. Seven hundred and forty two individuals of both sexes, aged between 18 and 70 years and resident in Porto Alegre where interviewed between January and February 2007 after self-medication had been confirmed. With respect to sex, there was a predominance of self-medicating women (57.54%) in the studied sample. As refers to media influence, the majority (76.28%) was not influenced by the media in the choice of a medicament. In relation to the variable medical consultations during the last twelve months the majority (26.81%) had seen the doctor twice. The data here presented confirm the importance of studying the practice of self-medication and support the hypothesis of a naive and excessive belief of our society in the power of medicines.