Atualmente a epidemia de HIV/Aids está disseminada em todo o país e no mundo, infectando milhares de pessoas nos diferentes ciclos da vida. Deste modo, estratégias de prevenção, tanto individuais quanto coletivas, permanecem imprescindíveis para reduzir e controlar as taxas de transmissão. O objetivo do artigo é analisar as percepções dos profissionais de saúde sobre as práticas de educação em saúde realizadas por meio de ações coletivas com pessoas soropositivas para o HIV. Este estudo qualitativo de abordagem descritiva foi desenvolvido com profissionais de saúde em cinco instituições do município de Niterói, Rio de Janeiro. Foram utilizados a técnica de entrevistas semiestruturadas e o método de análise de conteúdo. A educação em saúde é vista pelos profissionais como modos de ensino e aprendizado, repasse de informações, troca de ideias e experiências, bem como crescimento mútuo, processo reflexivo e participativo, que contribui para minimizar sofrimentos, trabalhar expectativas e emoções, além de promover cidadania e qualidade de vida. As ações de educação em saúde possibilitariam recriar momentos participativos, interativos, cooperativos e inclusivos; suscitar desdobramentos socioafetivos e compromissos sociopolíticos; aproximar e humanizar as relações interpessoais; garantir acesso às medidas de prevenção, bem como auxiliar a produção de cuidados integrais capazes de promover saúde
The HIV/AIDS epidemic is widespread throughout the country and the world, having infected thousands of people in different life cycles. Thus, prevention strategies, both individual and collective, remain essential to reduce and control transmission rates. The purpose of this article is to analyze the health professionals' perceptions about health education practices carried out via collective actions among HIV-positive people. This qualitative study, which uses a descriptive approach, was developed alongside health professionals from five institutions in the city of Niterói, Rio de Janeiro. We used the semistructured interview technique and the content analysis method. The professionals view health education not only as a way to teach and learn, transfer information, exchange ideas and experiences, but also as a tool mutual growth, a reflective and participatory process that helps minimize suffering, to work on expectations and emotions, and to foster citizenship and quality of life. Health education actions enable the recreation of participatory, interactive, cooperative, and inclusive moments; they lead to social and affective development and to socio-political commitments; they draw people closer and humanize interpersonal relationships; they ensure access to prevention, and help produce comprehensive care that can promote health