Resumo Este artigo discute as diferenças entre os conceitos de “espaço público” e “cena pública” a partir do debate entre Jürgen Habermas e Jacques Rancière sobre o que caracteriza a política. A opinião pública faz sempre parte de uma ordem de racionalidade política na qual um sujeito expõe a sua opinião ao teste dos outros, para os convencer? A manutenção deste espaço público é então uma questão de esclarecimento? Para refletir sobre esta questão procuraremos ver como este espaço público foi caracterizado para os dois autores. Com o primeiro veremos historicamente essa caracterização, e qual foi o papel da midiatização. Com o segundo, tentaremos ver até que ponto este espaço público é apenas um espaço de cenas, de uma cena política; e qual é o significado disso. Perguntamo-nos se o filósofo alemão, hoje, na era das novas mídias, gostaria de expandir melhor este espaço público a ponto de tornar possível distinguir um espaço público “acrítico” (um espaço para comentários e outras interações) de um espaço público crítico? Neste caso, o que restaria deste “plano” conceitual? Pensamos que já existem hoje elementos para considerar que um espaço, mesmo que seja “público”, de cento e quarenta e poucos caracteres no Twitter, ou de alguns parágrafos para comentários no Facebook, não garante necessariamente uma melhoria da democracia, uma proximidade com os interesses gerais. Talvez a definição deste espaço como espaço de cenas, como pretende Rancière, possa melhor nos ajudar a pensar que um comentário cria sempre “uma multiplicação de pessoas”. É no confronto entre essas duas perspectivas analíticas que buscamos desenvolver este artigo. outros convencer esclarecimento autores caracterização midiatização segundo cenas disso Perguntamonos Perguntamo alemão mídias acrítico “acrítico interações crítico caso plano “plano conceitual público, , “público” Twitter Facebook democracia gerais pessoas. pessoas . pessoas” “público
Resumé Cet article discute les différences entre les concepts d’«espace public» et «scène publique» à partir du débat entre Jürgen Habermas et Jacques Rancière sur ce qui caractèrise la politique. L’opinion publique relève-t-elle toujours d’un ordre d’une rationalité politique où un sujet expose son opinion à l’épreuve des autres, pour les convaincre? Le maintien de cet espace public est-il alors une question d’éclaircissement? Pour réflechir sur cette question, nous chercherons à voir comment cet espace public s’est caracterisé pour les deux auteurs. Avec le premier, nous verrons historiquement cette caracterisation, et quel y a été le rôle de la médiatisation. Avec le deuxième, nous essayerons de voir dans quelle mesure cet espace public n’est qu’un espace de scènes, d’une scène politique; et quel en est le sens. On se demande si le philosophe allemand, aujourd'hui, à l'ère des nouveaux médias, voudrait-il mieux distendre cet espace public au point de permettre de distinguer un espace public «a-critique» (un espace de commentaires et autre interactions) d’un espace public critique? Dans ce cas, que resterait-il de ce «coup» conceptuel? On pense qu’il y a dejà des élements aujourd’hui pour considérer qu’un espace, même s’il est «public», de cent quarente et quelques signes sur Twitter, ou de quelques paragraphes pour des commentaires sur Facebook, ne nous garantit pas nécessairement un perfectionnement de la démocratie, une proximité des intérêts généraux. Peut-être que la définition de cet espace comme un espace de scènes, comme le veut Rancière, pourra mieux nous aider à penser qu’un commentaire crée toujours «une démultiplication des personnes». C’est dans la confrontation entre ceus deux perspectives d’analyse que nous cherchons à développer cet article. d«espace despace d «espace Lopinion L relèvetelle relève t elle dun dune lépreuve l épreuve autres convaincre estil il déclaircissement éclaircissement d’éclaircissement sest s auteurs premier caracterisation médiatisation deuxième nest n quun qu scènes sens allemand aujourdhui, aujourdhui aujourd hui, hui aujourd'hui lère ère médias voudraitil voudrait «acritique» acritique «a critique» critique «a-critique interactions cas resteraitil resterait coup «coup conceptuel quil sil «public» Twitter Facebook démocratie généraux Peutêtre Peut être personnes personnes» Cest C danalyse analyse «acritique «public
Abstract This article discusses the differences between “public space” and “public scene” in the debate between Jürgen Habermas and Jacques Rancière to characterize politics. Is public opinion always part of a political rationality where a subject sets his opinion to the test of others, to convince them? Is the maintenance of this public space a question of explanation? To reflect about this question, we will seek to see how this public space has been characterized by both authors. With the first we will see historically this characterization, and what was the role of mediatization. With the second, we will try to see to what extent this public space is only a space of scenes, of a political scene; and what is its meaning. One wonders in what sense the German philosopher, nowadays, in the era of new media, would he revisit his analyzes of 1962? Would he rather stretch this public space to the point of making it possible to distinguish an “a-critical” public space (a space for comments and other interactions) from a critical public space? In this case, what would be left of this conceptual “coup”? There are already enough elements to consider that a space, even if it is “public”, either of one hundred and forty signs on Twitter, or a few paragraphs for comments on Facebook, does not necessarily guarantee an improvement of democracy, a proximity of general interests. Perhaps the definition of this space as a space of scenes, as Rancière says, can better help us to think that a commentary always creates “a multiplication of people”. It is in the confrontation between these two analytical perspectives that we seek to develop this article. scene politics others them explanation authors characterization mediatization second scenes meaning philosopher nowadays media 1962 acritical “a-critical interactions case coup “coup” public, , “public” Twitter Facebook democracy interests says people. people . people” 196 “coup 19 1