O artigo analisa a avaliação dos estudantes de graduação em Ciências Sociais, Filosofia, História, História da Arte, Letras e Pedagogia da Universidade Federal de São Paulo sobre o processo de ensino-aprendizagem durante o primeiro semestre de oferta dos cursos no regime de Atividades Domiciliares Emergenciais (ADE), implantado devido à pandemia de Covid-19. Realizou-se um survey, com 468 respondentes, via questionário autoaplicável, para coletar a avaliação discente - por meio de indicadores em escala qualitativa (Likert) e quantitativa (notas de 0 a 10) - e outras informações que foram agrupadas em quatro dimensões: 1) participação e interação; 2) saúde mental; 3) disponibilidade de tempo; 4) condições materiais de estudo. Além da análise descritiva, utilizou-se dois modelos de regressão (linear e logística) para verificar os fatores pedagógicos, socioeconômicos e emocionais que explicam as diferenças nas avaliações dos estudantes. Os resultados mostraram queda na qualidade geral dos cursos em ADE na percepção dos estudantes. A avaliação é mais positiva entre os que conseguiram participar e interagir, com melhor aproveitamento das aulas síncronas. Quando há aumento de stress e dificuldade de concentração, a avaliação piora. Por fim, as condições materiais adequadas de estudo apareceram como fatores necessários, mas não suficientes para uma boa avaliação discente.
The article analyzes the evaluation of undergraduate students in Social Sciences, Philosophy, History, Art History, Letters and Pedagogy at the Federal University of São Paulo on the teaching-learning process during the first semester of offering courses under the Home Activities Emergency regime (ADE, in portuguese), implemented because the Covid-19 pandemic. A survey was carried out with 468 respondents, by a self-applied questionnaire, to collect the student´s evaluation - through indicators in a qualitative (Likert) and quantitative (scores from 0 to 10) scale - and other information that were grouped into four dimensions: 1) participation and interaction; 2) mental health; 3) time availability; 4) material conditions of study. In addition to the descriptive analysis, two regression models (linear and logistic) were used to verify the pedagogical, socioeconomic, and emotional factors that can explain the differences in student assessments. The results showed a drop in the general quality of courses in ADE in the students' perception. The evaluation is better among those who were able to participate and interact, with better use of synchronous classes. When increased stress and difficulty concentrating happen, the assessment worsens. Finally, adequate study material conditions were necessary factors, but not sufficient, for a good evaluation.