RESUMO Introdução. A osteíte púbica é uma doença inflamatória comum da sínfise púbica, definida como síndrome de dor crônica causada por microtraumas de repetição. Uma vez que são necessárias mudanças adaptativas na pelve para adequar o equilíbrio das estruturas miotendíneas, o objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre e a incidência pélvica e a osteíte púbica em jogadores profissionais de futebol. Materiais e Métodos. Estudo transversal, observacional, conduzido com jogadores profissionais de futebol de cinco times profissionais durante a pré-temporada. Foram excluídos do estudo atletas com anormalidades congênitas prévias ou com história de cirurgia. As radiografias de pelve foram avaliadas por dois médicos radiologistas quanto aos achados compatíveis com osteíte púbica, e os seguintes parâmetros foram medidos: incidência pélvica (PI), inclinação sacral (SI) e versão pélvica (PV). Resultados. Foram incluídos 107 participantes, com média de idade de 25,6 ± 3,1 anos. Achados compatíveis com osteíte púbica estavam presentes em 74,8% dos indivíduos (80/107). Não houve correlação estatística entre osteíte púbica e PI (52,3°± 12,7° vs. 48,4° ± 10,8°; p = 0,156), SI (43,1° ± 9,8° vs. 39,9° ± 10,1°; p = 0,146) ou PV (9,2° ± 6,3° vs. 8,6° ± 7,5°; p = 0,649). A concordância entre os médicos radiologistas foi excelente (p < 0,0001). Conclusões. Não houve correlação significativa entre os parâmetros pélvicos e o diagnóstico radiográfico de osteíte púbica. Nível de Evidência II; Estudo diagnóstico.
ABSTRACT Introduction. Osteitis pubis is a common inflammatory disease of the pubic symphysis, defined as a chronic pain syndrome caused by repetitive microtrauma. Since adaptative changes are necessary in the pelvis to adjust the equilibrium of the myotendinous structures, the aim of this study was to evaluate the correlation between pelvic incidence and osteitis pubis among professional soccer players. Materials and Methods. An observational, cross-sectional study was performed with professional soccer players from five teams during pre-season. Athletes with previous congenital pelvic abnormalities or a history of surgery were excluded. Radiographs of the pelvis were analyzed by two radiologists and assessed for findings consistent with osteitis pubis, and the following parameters were measured: pelvic incidence (PI), sacral inclination (SI), and pelvic version (PV). Results. A total of 107 subjects were included in the study, with a mean age of 25.6 ± 3.1 years. Findings compatible with osteitis pubis were present in 74.8% of the subjects (80/107). There was no statistical correlation between osteitis pubis and PI (52.3°±12.7° vs. 48.4°±10.8°; p=0.156), SI (43.1°±9.8° vs. 39.9°±10.1°; p=0.146), or PV (9.2°± 6.3° vs 8.6°± 7.5°; p=0.649). Agreement between readers was excellent (p<0.0001). Conclusion. There was no significant correlation between pelvic parameters and radiographic diagnosis of osteitis pubis. Leve of Evidence II; Diagnostic study.