RESUMO As notícias dos sintomas causados pelo coronavírus nos seres humanos começaram a ser documentadas em Dezembro de 2019, quando vários casos de pneumonia causados pelo vírus ocorreram na China. Estudos mostram o papel crescente da saliva e cavidade oral na transmissão do vírus, pois os receptores das células epiteliais nessa região desempenham um papel crítico ao permitir que o vírus entre nas células. O método padrão de diagnóstico do coronavírus se dá a partir da coleta de amostras na nasofaringe e orofaringe para detectar o RNA viral. Entretanto, esse método resulta na interação entre profissional e paciente, levando ao risco de transmissão e, além disso, essa coleta pode ser dolorida para o paciente e causar sangramentos. Como solução, surgiu o diagnóstico através da saliva, que necessita apenas que os pacientes a depositem em um recipiente estéril. Assim, o objetivo do presente trabalho é explicar, através de uma revisão da literatura, as principais formas de contágio e diagnóstico, enfatizando o alto risco que o profissional odontológico sofre e, por isso, a crescente necessidade de melhores e mais rápidas formas de diagnóstico do coronavírus, especialmente através da saliva. Para a busca da literatura foram utilizadas os descritores: Diagnóstico salivar, COVID-19 e Contágio, com busca nas bases de dados Medline, Pubmed, Scielo e Bireme. Foi concluído que existe atualmente uma corrida científica para a criação de formas mais eficazes de diagnóstico e prevenção, levando em consideração tempo, acessibilidade e custo-benefício e, como consequência, a importância da odontologia vem crescendo continuamente.
ABSTRACT News of the symptoms caused by a coronavirus in humans began to be documented in December 2019, when several cases of pneumonia caused by the virus occurred in China. Studies are showing the increasing role of saliva and oral cavity in the transmission of the virus, because the receptors of epithelial cells in this region play a critical role by allowing the virus to enter those cells. The standard method to diagnose the coronavirus is based on the collection of samples in the nasopharynx and oropharynx to detect viral RNA. However, this method results in the interaction between health care professionals and patients, which increases risk of transmission; moreover, this collection can be painful for the patient and cause bleeding. As an alternative, diagnosis can be made using saliva, which only requires patients to deposit the saliva sample in a sterile container. Thus, the objective of this literature review is to present the main forms of contagion and to describe the diagnosis tools, emphasizing the risk that dental professionals are exposed to and, therefore, the growing need for better and faster diagnostic methods for coronavirus, especially using saliva. Medline, PubMed, SciELO, and Bireme databases were used for the literature search with the descriptors: Salivary diagnosis, COVID-19, and Contagion. The review explored the scientific race to develop more effective forms of diagnosis, including saliva tests, and prevention methods taking into account time, accessibility, and cost-benefit and, as a consequence, the role of dentistry has been continuously increasing.