O presente trabalho trata das conseqüências do conflito armado interno (CAI) que a Colômbia tem vivido durante as últimas quatro décadas. Começa identificando o contexto e o momento atual do conflito. A seguir, são descritas algumas das formas, expressões e conseqüências do conflito armado interno com maior impacto sobre a vida, a qualidade de vida, a saúde e as doenças da população, e sobre os serviços de saúde no país. Especial ênfase é dada às altas taxas de mortalidade por homicídio, ao fenômeno do deslocamento forçado pela violência, aos seqüestros e às minas antipessoais. Entre os grupos populacionais mais afetados, destacam-se homens jovens, mulheres, crianças e as minorias étnicas indígenas e afrodescendentes. Esta análise também se refere ao sério problema das contínuas infrações da Lei Humanitária Internacional e aos ataques contra a Missão Médica, assim como às conseqüências negativas do conflito sobre a prestação de serviços de saúde. Para concluir, são feitos alguns comentários gerais sobre a situação descrita e dadas algumas sugestões para o estudo do problema e possíveis ações partindo do setor saúde.
This article is an approach to the consequences of the internal armed conflict that Colombia has lived during the last four decades. It starts with the identification of the conflict's context and its current characteristics. It then focuses on the different manifestations and consequences of the conflict and on their deep impact on the life, quality of life, health, disease, and health services of the population. In special we refer to the high homicide rates, forced internal displacement, kidnapping and the use of antipersonnel mines. Among the most affected groups are young men, women, children, and ethnic minorities such as indigenous and afro-american people. This analysis also refers to the frequent violations of International Humanitarian Law and to the negative impact of violence on the provision of health services. Finally, general conclusions are drawn, and alternatives for studies on the problem and for possible solutions from the standpoint of the health sector are proposed.