INTRODUÇÃO: A terapia antirretroviral combinada (TARV) foi introduzida no Brasil em 1996, como parte da política nacional de acesso gratuito aos serviços de saúde e medicamentos. Infelizmente, o seu uso contínuo tem sido associado com mudanças na distribuição da gordura corporal e com alterações metabólicas que podem aumentar a morbidade e mortalidade nesta população. O treinamento físico tem sido estudado como uma estratégia eficaz de intervenção não farmacológica para melhorar os parâmetros de aptidão física relacionados à saúde e para minimizar os efeitos indesejáveis da infecção pelo HIV e/ou o uso prolongado da TARV, no entanto, há poucos estudos sobre o treinamento físico, síndrome lipodistrófica e cardiologia.OBJETIVO: Avaliar o risco de doença isquêmica cardíaca em sujeitos HIV/AIDS em uso de TARV praticantes de treinamento concorrente com séries simples.MÉTODOS: Quatorze sujeitos foram avaliados através da circunferência abdominal, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicerídeos (TG) e glicemia. Para a estimativa do risco coronariano em 10 anos utilizou-se o Escore de Framingham.RESULTADOS: A maioria dos sujeitos situou-se dentro dos valores de referência para as variáveis analisadas, exceto para os valores de LDL e TG. Treze sujeitos (92,7%) ficaram abaixo dos 10% de risco coronariano em 10 anos, e apenas um (7,3%) estava em risco moderado. Houve correlação significativa entre o tempo de treinamento e a PAS.CONCLUSÃO: Sugere-se a realização de ensaios clínicos randomizados para avaliar os mesmos desfechos deste estudo.
INTRODUCTION: Highly active antiretroviral therapy (HAART) was introduced to Brazil in 1996, as part of the national policy of free access to health services and drugs. Unfortunately, its continued use has been associated with changes in the redistribution of body fat, and metabolic changes which can increase morbidity and mortality in this population. Physical training has been studied as an effective strategy of non-pharmacological intervention to improve physical fitness parameters related to health and to minimize the undesirable effects of HIV infection and/or prolonged use of HAART. However, there are few studies on physical training, lipodystrophy syndrome and cardiology.OBJECTIVE: To assess the risk of ischemic heart disease in HIV/AIDS subjects on HAART and in concurrent training with single sets.METHODS: Fourteen subjects were assessed by waist circumference, systolic (SBP) and diastolic (DBP) blood pressure, lipid profile, total cholesterol (TC), HDL, LDL, triglycerides (TG) and glucose. The Framingham score was used to estimate the 10-year risk for coronary heart disease.RESULTS: Except for LDL and TG values, most subjects were within the reference limits for the analyzed variables. Thirteen subjects (92.7%) were below the range of 10% for the 10-year risk for coronary heart disease, while only one subject (7.3%) showed a moderate risk. There was a significant correlation between training time and the SBP variable.CONCLUSION: We suggest conducting randomized trials to assess the same outcomes of this study.
INTRODUCCIÓN: La terapia antirretroviral de gran actividad (HAART) se introdujo en Brasil en 1996, como parte de la política nacional de acceso gratuito a los servicios de salud y medicamentos. Desafortunadamente, su uso continuado se ha asociado con cambios en la distribución de la grasa corporal y los cambios metabólicos que pueden aumentar la morbilidad y la mortalidad en esta población. El entrenamiento físico se ha estudiado como una estrategia de intervención no farmacológica eficaz para mejorar los parámetros de la condición física relacionados con la salud y reducir al mínimo los efectos adversos de la infección por VIH y/o el uso prolongado de la terapia HAART, sin embargo, existen pocos estudios sobre entrenamiento físico, el síndrome de lipodistrofia y cardiología.OBJETIVO: Evaluar el riesgo de cardiopatía isquémica en pacientes con VIH/SIDA que reciben HAART que practican entrenamiento concurrente con series simples.MÉTODOS: Catorce sujetos se evaluaron utilizando la circunferencia de cintura, presión arterial sistólica (PAS) y diastólica (PAD), colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicéridos (TG) y la glucosa. Para estimar el riesgo coronario en 10 años se utilizó el score de Framingham.RESULTADOS: La mayoría de los sujetos estaban dentro de los límites de referencia de las variables analizadas, a excepción de LDL y TG. Trece sujetos (92,7%) estaban por debajo del riesgo coronario del 10% en 10 años, y sólo uno (7,3%) tenía riesgo moderado. Hubo una correlación significativa entre la duración del entrenamiento y la PAS.CONCLUSIÓN: Se sugiere llevar a cabo ensayos clínicos aleatorios para evaluar los mismos resultados de este estudio