O ensino de geografia cultiva um vínculo de identidade com o mundo exterior: a aula em campo. Os desafios para investigação escolar das instituições, localidades e relações são enormes. Esse exercício didático é o alvo do presente texto, cujo objetivo é mostrar a preocupação e o avanço, de alguns estudiosos, na construção de uma 'teoria' das aulas de campo, aqui denominadas aulas em campo. A proposta corresponde à apresentação e discussão de certas abordagens específicas para esse tipo de aula. No entanto, esse cultivo não se realiza de forma contínua nem está no centro do planejamento da geografia escolar. Ele aparece como uma exceção contra a qual os autores aqui citados reagem, caracterizam limites e potencialidades e direcionam soluções. Para tanto, propõem seu resgate nas diversas formas de atividades externas ao espaço escolar: excursões, visitas, estudos do meio, turismo. A força pedagógica da aula em campo encontra-se, todavia, na capacidade da interação professor-aluno em apreender com o lugar-mundo e planejar-se no improviso, o que, na conclusão do artigo, aparece como defesa de uma postura estratégica da gestão do retorno à sala de aula. Chamada de autobiografia coletiva da aula anterior, o texto propõe ampliar a relevância das discussões sobre a experiência do campo para potencializar os conteúdos e métodos de aprendizagem, lembrando que a aula em campo é, tal qual inspiração artística, um vetor insubstituível de compreensão do espaço em nível escolar.
The teaching of geography cultivates a link of identity with the exterior world: the field class. The challenges to the school investigation of institutions, localities and relations are huge. That didactic exercise is the subject of the present text, whose purpose is to show the concerns and progresses by some scholars in the construction of a " theory" of field classes, here denominated classes in the field. The proposal consists in presenting and discussing specific approaches to this kind of classes. However, this cultivation does not happen continuously, and is not at the heart of the planning of school geography. It shows up as an exception, a situation decried by these authors, who characterize limitations and potentialities and point to solutions. For that, they propose the revival of this idea within the various forms that activities external to the school take: excursions, visits, environmental studies, tourism. The pedagogical strength of the class in the field resides, however, in the potential of the teacher-student interaction for apprehending with the world, and for planning itself as it goes, resulting, in the conclusion to this article, in a defense of a strategic posture towards the management of the return to the classroom. Under the title of collective autobiography of the previous class, this text proposes to extend the relevance of the discussions about the field experience to fertilize contents and learning methods, recalling that the class in the field is, like an artistic inspiration, an irreplaceable element in the understanding of the space at the level of the school.