RESUMO Introdução: O aumento da gordura corporal é um processo natural e progressivo com a idade, propiciando a infiltração de gordura em locais ectópicos, como por exemplo, na musculatura esquelética, o que prejudica sua função. Objetivo: Avaliar a associação entre a composição corporal e a infiltração de gordura nos músculos multífidos lombares e o histórico de dores lombares. Métodos: Estudo transversal e quantitativo em que foram incluídos adultos jovens de ambos os sexos e excluídos indivíduos com distúrbios neurológicos, musculoesqueléticos e grávidas. Avaliou-se a infiltração de gordura nos multífidos e a área de secção transversa por meio de ressonância magnética; a composição corporal por meio de Absorciometria com raios-X de Dupla Energia (DXA) e o nível de atividade física através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). A amostra foi dividida por sexo e feita sua respectiva caracterização, correlação de Pearson e Spearman e regressão linear stepwise. Foi adotado o valor de p<0,05, nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram avaliados 32 indivíduos (59,37% mulheres; 40,63% homens). Houve correlação entre o percentual de gordura e a área de secção transversa total (ASTtotal) (r=0,525; p=0,021), nas mulheres, e com a massa magra abdominal (r= −0,648; p=0,017) e Índice de Massa Corporal (IMC) (r= −0,644; p=0,018) nos homens. E associação, nas mulheres, entre o percentual de gordura e a área de secção transversa (R2=0,275; p=0,021; IC=0,364 − 3,925) e, nos homens, com a massa magra abdominal (R2=0,420; p=0,017; IC: −9,981- [-1,235]). Conclusão: Encontrou-se correlação entre o percentual de gordura nos multífidos e a AST, nas mulheres, e com a massa magra abdominal e IMC para os homens, além da associação entre o percentual de gordura e a área de secção transversa, para as mulheres, e com a massa magra abdominal para os homens. Entretanto, não foi evidenciada nenhuma correlação com dor e disfunções na coluna lombar. Nível de evidência I; Estudos diagnósticos - Investigação de um exame para diagnóstico.
ABSTRACT Introduction: The increase in body fat is a natural and progressive process with aging, allowing fat infiltration in ectopic sites, such as skeletal muscle, which disrupts its function. Objective: To evaluate the association between body composition, fat infiltration into the low back multifidus muscles, and history of low back pain. Methods: This is a transversal and qualitative study that included young adult subjects of both sexes, and excluded individuals with neurological and musculoskeletal disorders and pregnant women. Fat infiltration into the multifidus and cross section area by magnetic resonance imaging; body composition by Dual-energy X-ray absorptiometry (DXA), and physical activity level determined by the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) were evaluated. The sample was divided by sex and. Pearson and Spearman's correlation and stepwise linear regression were performed. For this study, a p<0.05, a level of significance of 5% and confidence interval of 95% were adopted. Results: Thirty-two individuals were evaluated (59.37% women; 40.63% men). There was a correlation between fat percentage and total cross-sectional area (CSAtotal) (r=0.525; p=0.021), in women, and with lean abdominal mass (r= −0.648; p=0.017) and Body Mass Index (BMI) (r= −0.644; p=0.018) in men. There was also an association, in women, between fat percentage and cross section area (R2=0.275; p=0.021; CI=0.364 − 3.925) and, in men, with lean abdominal mass (R2=0.420; p=0.017; CI: −9.981- [-1.235]). Conclusion: There was correlation between fat percentage in the multifidus and CSA in women, and lean abdominal mass and BMI in men. There was also an association between fat percentage and cross section area in women, and lean abdominal mass in men. However, there was no evidence of any correlation between pain and low back dysfunction. Level of evidence I; Diagnostic studies - Investigating a diagnostic test.
RESUMEN Introducción: El aumento de la grasa corporal es un proceso natural y progresivo con la edad, propiciando la infiltración de grasa en lugares ectópicos, como, por ejemplo, en la musculatura esquelética, lo que perjudica su función. Objetivo: Evaluar la asociación entre la composición corporal y la infiltración de grasa en los músculos multífidos lumbares y el historial de dolores lumbares. Métodos: Estudio transversal y cuantitativo en el que fueron incluidos adultos jóvenes de ambos sexos, y excluidos individuos con disturbios neurológicos, musculoesqueléticos y gestantes. Se evaluó la infiltración de grasa en los multífidos y el área de sección transversa por medio de resonancia magnética; la composición corporal por medio de Absorciometría con rayos X de Doble Energía (DXA) y el nivel de actividad física a través del Cuestionario Internacional de Actividad Física (IPAQ). La muestra fue dividida por sexo y fue hecha su respectiva caracterización, correlación de Pearson y Spearman y regresión lineal stepwise. Fue adoptado el valor de p <0,05, nivel de significancia de 5% e intervalo de confianza de 95%. Resultados: Se evaluaron 32 individuos (59,37% mujeres, 40,63% hombres). Hubo correlación entre el porcentaje de grasa y el área de sección transversa (ASTtotal) (r = 0,525, p = 0,021), en las mujeres, y con la masa magra abdominal (r = −0,648, p = 0,017) e Índice de Masa Corporal (IMC) (r = −0,644, p = 0,018) en los hombres, y asociación, en las mujeres, entre el porcentaje de grasa y el área de sección transversa (R2 = 0,275; p = 0,021; IC = 0,364 − 3,925) y, en los hombres, con la masa magra abdominal (R2 = 0,420; p = 0,017; IC: −9,981- [-1,235]). Conclusión: Se encontró correlación entre el porcentaje de grasa en los multífidos y la AST, en las mujeres, y masa magra abdominal e IMC para los hombres, además de la asociación entre el porcentaje de grasa y el área de sección transversa, para las mujeres, y con la masa magra abdominal para los hombres. Entretanto, no fue evidenciada ninguna correlación con dolor y disfunciones en la columna lumbar. Nivel de evidencia I; Estudios diagnósticos – Investigación de un examen para diagnóstico.