Resumen: El trabajo de los Agentes Comunitarios de Salud (ACS) en la política de VIH/SIDA en la comunidad está en construcción en los equipos de Atención Primaria (AP). El estudio tuvo como objetivo analizar las cuestiones relacionadas con VIH/SIDA en la actuación del ACS a partir del análisis del diálogo de los actores involucrados. Es un estudio de método cualitativo exploratorio. La recogida de datos se realizó en 2015 en 15 unidades de salud de AP en Porto Alegre (Brasil). Se ha utilizado un recorte de 14 entrevistas con profesionales de la AB y gestión del VIH/SIDA. Los resultados se agruparon en categorías: a) Potencia y función de los ACS; b) Inserción del ACS en el equipo; c) VIH y Territorio Comunidad. El trabajo del ACS es una forma de promoción y prevención relacionada con la política del VIH/SIDA en la práctica cotidiana, porque aportan la cultura y demandas locales al equipo, funcionando como un enlace entre la comunidad y la unidad de salud. Sin embargo, ni siempre los ACS son reconocidos como parte del equipo. Además, el estigma relacionado con el VIH/SIDA, pone a los ACS en una posición paradójica, ya que por veces residen en la misma comunidad de los pacientes, lo que puede hacer más complejas las relaciones de trabajo y anonimato. Concluyendo, faltan inversiones en la formación y en el desarrollo del trabajo de los ACS. Estas deficiencias se ponen en la relación con el equipo y usuarios del servicio, lo que puede dificultar el trabajo planeado.
Abstract: The Community health agent practice at HIV/sida is still an emerging thematic at Primary Care and its team. This study aims to analyse the crossings between Community health agent practice dealing with HIV/sida from the social actors interlocution. It needs to be considered as a political dispute. The study used an exploratory qualitative method. The data collection was made in 2015, covering 15 Basic Health Units in Porto Alegre, Brazil. A cut-off of 14 healthcare professionals and HIV/sida management of different qualifications was used. The Thematic content analysis was used and the results were grouped into: a) Community health agent practice and power; b) Community health agent entry on the team; c) HIV and territory. The Community health agent practice is shown as a powerful key to provide promotion and prevention in healthcare daily routine: the professionals are engaged with the community culture and responsible to bring its demands to the healthcare team, being a connecting element between the community and the team. However, they are not usual recognised as a part of the the practice and healthcare teams. Besides, as regards HIV/sida stigma, it was perceived that the agents occupy a paradoxal position by living on the same community as the users. It can complexifies the teamwork relations and informations secrecy. Thus, there are gaps and lack of investments in qualification of their work. These failures reflects in the relationship with the teamwork and the users - it can hinder expected work processes.
Resumo: O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na política de HIV/Aids está em construção nas equipes de atenção básica (AB). O presente estudo teve como objetivo analisar os atravessamentos relacionados a temática de HIV/Aids na atuação dos ACS a partir da interlocução dos atores envolvidos, tendo em vista que se trata de uma política em disputa. Utilizou-se o método qualitativo exploratório. A coleta de dados foi realizada em 15 unidades de saúde de Porto Alegre. Utilizou-se um recorte de 14 entrevistas com profissionais da atenção básica e da gestão em HIV/Aids compreendidas e analisadas através da análise temática. Os resultados agrupam-se em: a) Potência e Função dos ACS; b) Inserção dos ACS na equipe; c) HIV e Território. O trabalho dos ACS mostra-se uma potente via de promoção e prevenção relacionada a política de HIV/Aids nos cotidianos de prática, tendo em vista que trazem a cultura e demandas locais à equipe, funcionando como um elo entre o território e a unidade. No entanto, nem sempre esses são reconhecidos enquanto parte das equipes. Tratando-se do estigma relacionado ao HIV/Aids, percebeu-se que os ACS ocupam uma posição paradoxal, já que, por vezes, residem na mesma comunidade dos usuários, o que pode complexizar as relações de trabalho e sigilo. Assim, há lacunas na consolidação do ofício dos ACS como a falta de investimentos na formação específica e no desenvolvimento de seu fazer, que se desdobram no relacionamento com a equipe e os usuários do serviço, podendo obstaculizar os processos de trabalho previstos.