ABSTRACT The expansion of agribusiness in the semi-arid region of northeastern Brazil has transformed self-employed farmers into employees of fruit growing companies, bringing changes to their ways of life and work. The study aimed to analyze conditions, processes and workloads in the fruit growing agribusiness. A qualitative research was carried out in which agribusiness employees were interviewed. Evidence was produced and analyzed based on references from the Occupational Health field, based on the theory of social determination of the health-disease process and adopting ‘work processes’ and ‘workloads’ as comprehensive categories of the relationship between work and health-disease. It was observed that agricultural production is based on monoculture, on the intensive use of mechanization and pesticides, and follows the organizational molds of flexible accumulation and Taylorism/Fordism. The world of work experienced by employees is marked by alienation of workers, precariousness and intensification of work, which materialize in physical, psychic, physiological and, above all, chemical workloads. These come from the intense use of pesticides, present in all environments and work processes investigated. Protecting the health of these workers pushes the Unified Health System (SUS) to intensify worker’s health surveillance, and collective health to include the issue of health in the public debate on national agricultural models. semiarid semi arid selfemployed self employed companies conditions interviewed field healthdisease disease ‘workloads healthdisease. disease. monoculture pesticides TaylorismFordism Taylorism Fordism Taylorism/Fordism physical psychic investigated SUS (SUS worker s surveillance models
RESUMO A expansão do agronegócio no semiárido do nordeste do Brasil tem transformado agricultores camponeses em empregados de empresas de fruticultura, trazendo mudanças para seus modos de vida e trabalho. O estudo objetivou analisar condições, processos e cargas de trabalho no agronegócio de fruticultura. Realizou-se pesquisa qualitativa em que foram entrevistados empregados do agronegócio. As evidências foram produzidas e analisadas a partir de referenciais do campo Saúde do Trabalhador, fundamentando-se na teoria da determinação social do processo saúde-doença e adotando ‘processos de trabalho’ e ‘cargas de trabalho’ como categorias compreensivas das relações entre trabalho e saúde-doença. Observou-se que a produção agrícola se baseia na monocultura, no uso intensivo de mecanização e de agrotóxicos, e segue os moldes organizacionais da acumulação flexível e do taylorismo e fordismo. O mundo do trabalho vivido pelos empregados é marcado por alienação dos trabalhadores, precarização e intensificação do trabalho, que se concretizam em cargas de trabalho físicas, psíquicas, fisiológicas e, sobretudo, químicas. Estas advêm do uso intenso de agrotóxicos, presentes em todos os ambientes e processos de trabalho investigados. A proteção da saúde desses trabalhadores tensiona o Sistema Único de Saúde (SUS) a intensificar a vigilância em Saúde do Trabalhador, e a saúde coletiva, a incluir a problemática da saúde no debate público sobre os modelos agrícolas nacionais. fruticultura condições Realizouse Realizou Trabalhador fundamentandose fundamentando saúdedoença doença saúdedoença. doença. Observouse Observou monocultura agrotóxicos fordismo físicas psíquicas sobretudo químicas investigados SUS (SUS coletiva nacionais