ABSTRACT Introdução O treinamento combinado é mais eficiente do que a modalidade isolada com relação aos indicadores de risco cardiometabólico. Objetivos Avaliar o efeito do volume de treinamento em circuito sobre indicadores antropométricos e bioquímicos com risco de doenças cardiometabólicas em mulheres com excesso de peso. Métodos Trinta e duas participantes foram submetidas a 24 semanas de treinamento em circuito, com pesos livres combinados com exercício aeróbico. O volume de treinamento durante as 24 semanas foi utilizado para distribuir as mulheres nos grupos: atividade física de volume moderado (AVM), atividade física de baixo volume (AVB) e controle (CON). Os índices antropométricos massa corporal, índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ), glicemia, insulina, resistência à insulina (HOMA-IR), colesterol total (CT), triglicerídeos, HDL-c e LDL-c, foram avaliados no início do programa e depois de 12 e 24 semanas. Resultados Não houve interação entre o volume de treinamento e o tempo para nenhuma das variáveis estudadas, mas o tempo de intervenção influenciou a massa corporal (p = 0,013) e o IMC (p = 0,012), e o tempo de participação tendeu a reduzir a massa corporal (p = 0,063) e o IMC (p = 0,062), depois de seis meses de intervenção. O volume de atividade física afetou o HDL-c (p = 0,037), sendo significativo (p = 0,030) na comparação entre AVM e CON. Adicionalmente, verificou-se tendência de redução HDL-c depois seis meses de intervenção (p = 0,073), sendo a menor redução observada no AVM, que indica o papel protetor de atividade física de volume moderado na redução dessa fração lipídica. A associação entre o volume de atividade física e o tempo de participação mostrou melhora clínica do colesterol total (χ2= 5,453, p = 0,02), com maior probabilidade de atingir valores clinicamente adequados de AVM (OR = 0,126; IC de 95% 0,019 – 0,827). Conclusão O volume de treinamento atenuou os fatores de risco cardiometabólico em mulheres com excesso de peso. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos - Investigação dos resultados do tratamento.
ABSTRACT Introduction Combined training is more effective than an isolated modality in reducing cardiometabolic risk indicators. Objective To evaluate the effect of circuit training volume on anthropometric and biochemical risk indicators for cardiometabolic diseases in overweight women. Methods Thirty-two participants underwent 24 weeks of circuit training with free weights combined with aerobic exercise. The training volume during the 24 weeks was used to distribute the women into moderate-volume physical activity (MVA), low-volume physical activity (LVA) and control (CON) groups. Anthropometric indices (body mass, body mass index (BMI), waist circumference (WC), waist-hip ratio (WHR)), blood glucose, insulin, insulin resistance (HOMA-IR), total cholesterol (TC), triglycerides, HDL-c, and LDL-c were evaluated at the beginning of the program and after 12 and 24 weeks. Results There was no interaction between training volume and time for any of the variables studied, but the intervention time influenced body mass (p=0.013) and BMI (p=0.012), and there was a tendency for participation time to reduce body mass (p=0.063) and BMI (p=0.062) after six months of intervention. The volume of the physical activity affected HDL-c (p=0.037), being significant (p=0.030) in the comparison between the MVA and CON groups. Additionally, there was a downward trend in HDL-c after six months of intervention (p=0.073), with a smaller reduction observed in the MVA group, indicating a protective role of moderate physical activity in the reduction of this lipid fraction. The association between physical activity volume and participation time resulted in a clinical improvement in total cholesterol (χ2 = 5.453, p = 0.02), with a higher probability of reaching clinically adequate values in the MVA group (OR = 0.126; 95%CI 0.019 - 0.827). Conclusion Training volume improved cardiometabolic risk factors in overweight women. Level of evidence II; Therapeutic Studies - Investigating the Results of Treatment.
RESUMEN Introducción El entrenamiento combinado es más eficiente que la modalidad aislada en indicadores de riesgo cardiometabólico. Objetivo Evaluar el efecto del volumen de entrenamiento en circuito sobre indicadores antropométricos y bioquímicos con riesgo de enfermedades cardiometabólicas en mujeres con sobrepeso. Métodos Treinta y dos participantes se sometieron a 24 semanas de entrenamiento en circuito con pesos libres combinados con ejercicio aeróbico. El volumen de entrenamiento durante las 24 semanas se utilizó para distribuir a las mujeres en los grupos: actividad física de volumen moderado (AVM), actividad física de volumen bajo (AVB) y control (CON). Se evaluaron los índices antropométricos masa corporal, índice de masa corporal (IMC), circunferencia de la cintura (CC), relación cintura-cadera (RCC), glucemia, insulina, resistencia a la insulina (HOMA-IR), colesterol total (CT), triglicéridos, HDL-c y LDL-c al inicio del programa y después de las semanas 12 y 24. Resultados No hubo interacción entre el volumen y el tiempo de entrenamiento para ninguna de las variables estudiadas, pero el tiempo de intervención influyó en la masa corporal (p=0,013) y en el IMC (p=0,012), y el tiempo de participación tendió a reducir la masa corporal (p=0,063) y el IMC (p=0,062), después de seis meses de intervención. El volumen de actividad física afectó al HDL-c (p =0,037), siendo significativo (p=0,030) en la comparación entre AVM y CON. Además, hubo una tendencia a la reducción del HDL-c después de seis meses de intervención (p=0,073), observándose la menor reducción en AVM, lo que indica el papel protector de la actividad física de volumen moderado en la reducción de esta fracción lipídica. La actividad física y el tiempo de participación mostraron una mejora clínica en colesterol total (χ2 = 5,453, p = 0,02), con mayor probabilidad de alcanzar valores clínicamente adecuados de AVM (OR = 0,126; IC95% 0,019 – 0,827). Conclusión El volumen de entrenamiento atenuó los factores de riesgo cardiometabólico en mujeres con sobrepeso. Nivel de Evidencia II; Estudios terapéuticos: investigación de los resultados del tratamiento.