ABSTRACT Objective. To analyze the incidence and mortality trends from COVID-19 in Brazil as well as in federation units and their capitals. Method. An ecological study was performed using COVID-19 incidence and mortality data covering the period from 25 February 2020 (first case recorded in Brazil) to 31 July 2021. Data were grouped by month for calculation of crude rates (by 100 000 population) and assessment of time trends in federation units and capitals. Significant changes in time trends were analyzed by joinpoint regression. Results. Two waves of new cases and deaths were identified. The highest incidence rates were recorded in the states of Amapá, Rio Grande do Norte, Rondônia, and Roraima. The states of Amazonas and Rondônia had the highest mortality rates. In general, incidence and mortality rates were worse in the second wave. In the first wave, the mean number of months until the onset of reduction in new cases was higher in capitals, whereas in the second wave the onset of reduction in new cases took longer in the federation units. The decline in mortality began earlier in capital cities in both waves. Conclusion. The regional differences detected underscore the notion that COVID-19 incidence and mortality are associated with political, geographic, cultural, social, and economic factors.
RESUMO Objetivo. Analisar as tendências de incidência e mortalidade por COVID-19 no Brasil, nas unidades da federação e nas capitais. Método. Realizou-se um estudo ecológico com dados de incidência e de mortalidade por COVID-19 referentes ao período de 25 de fevereiro de 2020 (primeiro caso notificado no Brasil) a 31 de julho de 2021. Os dados foram agrupados por mês para cálculo das taxas brutas (por 100 000 habitantes) e avaliação das tendências temporais das unidades da federação e de suas capitais. As modificações significativas nas tendências temporais foram analisadas pelo método de regressão por joinpoint. Resultados. Foram identificadas duas ondas de novos casos e óbitos. As unidades da federação com as maiores taxas de incidência foram Amapá, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima; Amazonas e Rondônia tiveram as maiores taxas de mortalidade. Em geral, as taxas de incidência e mortalidade foram piores na segunda onda. Na primeira onda, a média de meses até o início de uma redução de casos novos foi maior nas capitais, enquanto na segunda onda, o início da redução demorou mais nos estados. Quanto aos óbitos, as capitais necessitaram de menos tempo para apresentar redução tanto na primeira quanto na segunda onda. Conclusão. A heterogeneidade regional detectada reforça a ideia de que a incidência e a mortalidade por COVID-19 estão associadas a fatores políticos, geográficos, culturais, sociais e econômicos.
RESUMEN Objetivo. Analizar las tendencias de la incidencia de COVID-19 y la mortalidad por esta enfermedad en Brasil (unidades federativas y capitales). Método. Se realizó un estudio ecológico con datos sobre incidencia de COVID-19 y la mortalidad por esta enfermedad en el período comprendido entre el 25 de febrero del 2020 (fecha del primer caso notificado en Brasil) y el 31 de julio del 2021. Los datos se agruparon por mes para calcular las tasas brutas (por 100 000 habitantes) y evaluar las tendencias temporales observadas en las unidades federativas y sus capitales. Las modificaciones significativas en las tendencias temporales se analizaron con el método de regresión de punto de inflexión (joinpoint). Resultados. Se identificaron dos olas de casos nuevos y muertes. Las unidades federativas con las mayores tasas de incidencia fueron Amapá, Rio Grande do Norte, Rondônia y Roraima; Amazonas y Rondônia tuvieron las mayores tasas de mortalidad. En general, la incidencia y la mortalidad fueron peores en la segunda ola. En la primera ola, el promedio de meses transcurridos hasta que empezó a reducirse el número de casos nuevos fue mayor en las capitales, mientras que, en la segunda ola, fue mayor en los estados. En ambas olas, el número de muertes se redujo en menos tiempo en las capitales. Conclusión. La heterogeneidad regional detectada refuerza la idea de que la incidencia de la COVID-19 y la mortalidad por esta enfermedad guardan relación con factores políticos, geográficos, culturales, sociales y económicos.