Este estudo teve por objetivo estimar a prevalência de violência autorreferida no trabalho em saúde. Estudo transversal realizado com uma amostra de 679 servidores estaduais (Bahia, Brasil), por meio de entrevistas face a face e uso de questionário. Dos entrevistados, 25,9% (IC95%: 22,6%-29,2%) referiram pelo menos uma das modalidades de violência investigadas, sendo a agressão verbal (19,4%) a mais frequente. As mulheres na faixa etária de 25 a 39 anos apresentaram um acréscimo de 80% na ocorrência de violência em relação às mais velhas (OR = 1,8; IC95%: 1,1-3,0), enquanto que as médicas também foram as mais atingidas (OR = 2,5; IC95%: 1,2-12,5). Entre os homens, ter de 25 a 39 anos (OR = 3,9; IC95%: 1,9-16,4) e trabalhar como auxiliar ou técnico em enfermagem (RP = 3,9; IC95%: 1,1-13,2) aumentou quase quatro vezes a ocorrência de violência no trabalho em saúde. Este estudo pode trazer contribuições importantes para a visibilidade da violência no setor saúde e fornecer subsídios para a formulação de políticas de atenção aos trabalhadores com repercussão na qualidade do atendimento prestado à população.
This study aimed to estimate the prevalence of self-reported violence suffered by healthcare workers, using a cross-sectional design with a sample of 679 State health employees through face-to-face interviews and a questionnaire. Of the respondents, 25.9% (95%CI: 22.6%-29.2%) reported having suffered at least one form of violence, with verbal aggression as the most frequent (19.4%). Women aged 25-39 suffered 80% more violence than older women (OR = 1.8; 95%CI: 1.1-3.0). Female physicians were the most frequently affected group (OR = 2.5; 95%CI: 1.2-12.5). Among men, a nearly fourfold increase in healthcare workplace violence was associated with age 25 to 39 years (OR = 3.9; 95%CI: 1.9-16.4) and nurse assistants or nurse technicians (PR = 3.9; 95%CI: 1.1-13.2). This study can help raise awareness concerning healthcare workplace violence and support policies for health workers’ care, with repercussions on quality of care for health services users.
Este estudio tuvo como objetivo estimar la prevalencia de la violencia entre los trabajadores de la salud. Es un estudio transversal con una muestra de 679 trabajadores del estado de Bahía, Brasil, donde se usó un cuestionario mediante entrevistas. De los encuestados, el 25,9% (IC95%: 22,6%-29,2%) informó al menos de una de las formas de violencia investigada, donde la agresión verbal (19,4%) era la más frecuente. A las mujeres de 25 a 39 años les afectó un aumento del 80% en la incidencia de la violencia (OR = 1,8; IC95%: 1,1-3,0), mientras que los médicos también fueron los más afectados (OR = 2,5; IC95%: 1.2-12.5). Entre los hombres, que tienen entre 25 y 39 años (OR = 3,9; IC95%: 1,9-16,4) y trabajan como asistentes de enfermería o técnicos (RP = 3,9; IC95%: 1,1-13,2) aumentó casi 4 veces la incidencia de violencia en el trabajo en salud. Este estudio puede contribuir de manera significativa a la visibilidad de la violencia en el sector de la salud y servir de apoyo para la formulación de la política de atención a los trabajadores que repercute en la calidad de la atención prestada.