ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the trends of cervical cancer mortality in Brazilian Southeastern states, and to compare them to Brazil and other regions between 1980 and 2020. METHODS Time series study based on data from the Sistema de Informações de Mortalidade (Brazilian Mortality Information System). Death data were corrected by proportional redistribution of deaths from ill-defined causes and cervical cancer of unspecified portion. Age-standardized and age-specific rates were calculated by screening target (25–39 years; 40–64 years) and non-target (65 years or older) age groups. Annual percentage changes (APC) were estimated by linear regression model with breakpoints. The coverage of Pap Smear exam in the Unified Health System (SUS) was evaluated between 2009 and 2020 according to age group and locality. RESULTS There were increases in corrected mortality rates both in 1980 and in 2020 in all regions, with most evident increments at the beginning of the series. There was a decrease in mortality nationwide between 1980–2020; however, the state of São Paulo showed a discrete upward trend in 2014–2020 (APC=1.237; 95%CI 0.046–2.443). Noteworthy is the trend increment in the 25–39 year-old group in all study localities, being sharper in the Southeast region in 2013–2020 (APC=5.072; 95%CI 3.971–6.185). Screening coverage rates were highest in São Paulo and lowest in Rio de Janeiro, with a consistent decline from 2012 onwards at all ages. CONCLUSIONS São Paulo is the first Brazilian state to show a reversal trend in mortality from cervical cancer. The changes in mortality patterns identified in this study point to the need for reorganization of the current screening program, which should be improved to ensure high coverage, quality, and adequate follow-up of all women with altered test results. states 198 System. . System) illdefined ill defined portion Agestandardized Age standardized agespecific specific 2539 25 39 (25–3 4064 40 64 40–6 nontarget non 65 (6 older groups APC (APC breakpoints SUS (SUS 200 202 locality 1980–2020 19802020 however 20142020 2014 2014–202 APC=1.237 APC1237 1 237 (APC=1.237 95CI CI 95 0.046–2.443. 00462443 0.046–2.443 0 046 2 443 0.046–2.443) 25–3 yearold year old localities 20132020 2013 2013–202 APC=5.072 APC5072 5 072 (APC=5.072 3.971–6.185. 39716185 3.971–6.185 3 971 6 185 3.971–6.185) Janeiro 201 ages program quality followup follow up results 19 253 (25– 406 4 40– ( 20 1980–202 1980202 2014202 2014–20 APC=1.23 APC123 23 (APC=1.23 9 0046244 0.046–2.44 04 44 25– 2013202 2013–20 APC=5.07 APC507 07 (APC=5.07 3971618 3.971–6.18 97 18 (25 1980–20 198020 201420 2014–2 APC=1.2 APC12 (APC=1.2 004624 0.046–2.4 201320 2013–2 APC=5.0 APC50 (APC=5.0 397161 3.971–6.1 (2 1980–2 19802 20142 2014– APC=1. APC1 (APC=1. 00462 0.046–2. 20132 2013– APC=5. APC5 (APC=5. 39716 3.971–6. 1980– APC=1 (APC=1 0046 0.046–2 APC=5 (APC=5 3971 3.971–6 APC= (APC= 004 0.046– 397 3.971– 00 0.046 3.971 0.04 3.97 0.0 3.9 0. 3.
RESUMO OBJETIVO Analisar as tendências da mortalidade por câncer de colo de útero nos estados da região Sudeste e compará-las com o Brasil e demais regiões entre 1980 e 2020. MÉTODOS Estudo de série temporal com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade. Os dados de óbito foram corrigidos por redistribuição proporcional das mortes por causas mal definidas e por câncer de útero de porção não especificada. Foram calculadas taxas padronizadas por idade e específicas por faixas etárias alvo de rastreamento (25–39 anos; 40–64 anos) e não alvo (65 anos ou mais). Variações percentuais anuais foram estimadas por modelo de regressão linear com pontos de quebra. A cobertura do exame Papanicolaou no Sistema Único de Saúde (SUS) foi avaliada entre 2009 e 2020 segundo faixa etária e localidade. RESULTADOS Foram verificados aumentos das taxas de mortalidade corrigidas tanto em 1980 como em 2020 em todas as regiões, com incrementos mais evidentes no início da série. Houve queda da mortalidade em todo o país entre 1980–2020, entretanto, o estado de São Paulo apresentou discreta tendência de aumento em 2014–2020 (APC=1,237; IC95% 0,046–2,443). Destaca-se o incremento da tendência no grupo de 25–39 anos em todas as localidades de estudo, mostrando-se mais acentuado na região Sudeste em 2013–2020 (APC=5,072; IC95% 3,971–6,185). As taxas de cobertura de rastreamento foram mais elevadas em São Paulo e mais baixas no Rio de Janeiro, com queda consistente a partir de 2012 em todas as idades. CONCLUSÕES São Paulo é o primeiro estado brasileiro a apresentar inversão de tendência da mortalidade por câncer de colo do útero. As mudanças nos padrões de mortalidade identificadas neste estudo apontam para a necessidade de reorganização do atual programa de rastreamento, que deve ser aperfeiçoado para garantir alta cobertura, qualidade e seguimento adequado de todas as mulheres com exames alterados. comparálas compará las 198 Mortalidade especificada 2539 25 39 (25–3 4064 40 64 40–6 65 (6 mais. . mais) quebra SUS (SUS 200 202 localidade 19802020 1980–2020 entretanto 20142020 2014 2014–202 APC=1,237 APC1237 APC 1 237 (APC=1,237 IC95 IC 0,046–2,443. 00462443 0,046–2,443 0 046 2 443 0,046–2,443) Destacase Destaca se 25–3 mostrandose mostrando 20132020 2013 2013–202 APC=5,072 APC5072 5 072 (APC=5,072 3,971–6,185. 39716185 3,971–6,185 3 971 6 185 3,971–6,185) Janeiro 201 idades alterados 19 253 (25– 406 4 40– ( 20 1980202 1980–202 2014202 2014–20 APC=1,23 APC123 23 (APC=1,23 IC9 0046244 0,046–2,44 04 44 25– 2013202 2013–20 APC=5,07 APC507 07 (APC=5,07 3971618 3,971–6,18 97 18 (25 198020 1980–20 201420 2014–2 APC=1,2 APC12 (APC=1,2 004624 0,046–2,4 201320 2013–2 APC=5,0 APC50 (APC=5,0 397161 3,971–6,1 9 (2 19802 1980–2 20142 2014– APC=1, APC1 (APC=1, 00462 0,046–2, 20132 2013– APC=5, APC5 (APC=5, 39716 3,971–6, 1980– APC=1 (APC=1 0046 0,046–2 APC=5 (APC=5 3971 3,971–6 APC= (APC= 004 0,046– 397 3,971– (APC 00 0,046 3,971 0,04 3,97 0,0 3,9 0, 3,