RESUMO Contexto: Crianças que sofrem lesões cáusticas correm alto risco de desenvolver estenose esofágica e necessidade de dilatações esofágicas. Objetivo: Objetivamos avaliar preditores de necessidade de maior número de dilatações esofágicas em crianças, após uma ingestão cáustica. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de centro único incluindo crianças submetidas a esofagogastroduodenoscopia (EGD) após ingestão cáustica. Foram avaliados possíveis fatores preditivos para a necessidade de dilatações esofágicas. Resultados: Foram incluídos 34 pacientes, 19 do sexo feminino (55,9%). A idade mediana no momento dos acidentes foi de 20,6 meses (IQR 15-30,7). Todas as ingestões cáusticas foram incidentais, de substâncias líquidas, e a maioria dos acidentes (24/34; 70%) ocorreu no domicílio da criança. Em metade dos casos, a substância ingerida foi um sabão caseiro. O sintoma mais reportado na apresentação foi vômito (22/34 -64,7%). O tempo médio de acompanhamento foi de 3,2 anos (IQR 1,1- 7,4). No seguimento, o número médio de dilatações esofágicas necessárias foi de 12,5 (IQR 0-34). Entre os fatores demográficos, o sexo masculino (P=0,04), acidentes com produtos caseiros (P=<0,01) e a localização do acidente fora do ambiente domiciliar (P=0,02) foram associados a um maior número de dilatações esofágicas no seguimento. A classificação endoscópica Zargar 2B ou mais (P=0,03), a presença de estenose na segunda EGD (P=0,01) e a DRGE como complicação tardia (P=0,01) também se associaram a maior número de dilatações esofágicas no acompanhamento a longo prazo. Conclusão: Além da gravidade da classificação endoscópica - fator de risco bem conhecido para as estenoses após ingestão de cáusticos, observamos que o sexo masculino, os acidentes com produtos caseiros e os acidentes ocorridos fora do ambiente doméstico foram fatores significativamente associados a um maior número de dilatações esofágicas em acompanhamento em longo prazo de crianças após ingestão de soda cáustica. Contexto Objetivo cáustica Métodos (EGD Resultados 3 pacientes 1 55,9%. 559 55,9% . 55 9 (55,9%) 206 20 6 20, IQR 1530,7. 15307 15 30,7 30 7 15-30,7) incidentais líquidas 24/34 2434 24 (24/34 70% 70 criança casos caseiro 22/34 2234 22 (22/3 64,7%. 647 64,7% 64 -64,7%) 32 2 3, 1,1 11 7,4. 74 7,4 4 7,4) seguimento 125 12 5 12, 034. 034 0 0-34) demográficos P=0,04, P004 P P=0,04 , 04 (P=0,04) P=<0,01 P001 01 (P=<0,01 P=0,02 P002 02 (P=0,02 B P=0,03, P003 P=0,03 03 (P=0,03) P=0,01 (P=0,01 Conclusão cáusticos 55,9 (55,9% 1530 1530,7 307 30, 15-30,7 24/3 243 (24/3 22/3 223 (22/ 64,7 -64,7% 1, 7, 0-34 P00 P=0,0 (P=0,04 P=<0,0 (P=<0,0 (P=0,0 (P=0,03 55, (55,9 153 1530, 15-30, 24/ (24/ 22/ (22 64, -64,7 0-3 P0 P=0, P=<0, (P=<0, (P=0, (55, 15-30 (24 (2 -64, 0- P=0 P=<0 (P=<0 (P=0 (55 15-3 ( -64 P= P=< (P=< (P= (5 15- -6 (P
ABSTRACT Background: Children who experience alkaline injury are at risk for the development of esophageal strictures and the need for esophageal dilations. Objective: We aimed to assess predictors for a higher number of esophageal dilatations in children following alkali ingestion. Methods: Single-center retrospective cohort study including children who underwent esophagogastroduodenoscopy (EGD) after alkali ingestion. Possible predictive factors for the need for esophageal dilatations were evaluated. Results: A total of 34 patients were included, and 19 were female (55.9%). The median age at the time of the accidents was 20.6 months (IQR 15-30.7). All alkali ingestions were accidental, in all cases involving liquid products, and most (24/34; 70%) occurred at the child’s home. Homemade liquid soap was the agent in half of the cases. The most frequently reported symptom at presentation was vomiting (22/34, 64.7%). The median follow-up time was 3.2 years (IQR 1.1-7.4). On follow-up, the median number of esophageal dilatations required for these patients was 12.5 (IQR 0-34). Among demographic factors, male gender (P=0.04), ingestion of homemade products (P<0.01), and accidents happening outside of the household environment (P=0.02) were associated with a greater number of esophageal dilations on follow-up. An endoscopic classification Zargar of 2B or higher (P=0.03), the presence of stricture at the time of the second EGD (P=0.01), and gastroesophageal reflux disease (GERD) as a late complication (P=0.01) were also associated with a greater number of esophageal dilations on long term follow-up. Conclusion: Beyond the endoscopic classification severity - a well-known risk factor for the strictures after alkali ingestions, we found that male gender, accidents with homemade products, and accidents occurring outside the household environment were significantly associated with a greater number of esophageal dilatations in the long-term follow-up of children following alkali ingestion. Background Objective Methods Singlecenter Single center (EGD evaluated Results 3 included 1 55.9%. 559 55.9% . 55 9 (55.9%) 206 20 6 20. IQR 1530.7. 15307 15 30.7 30 7 15-30.7) accidental 24/34 2434 24 (24/34 70% 70 childs child s home 22/34, 2234 22 (22/34 64.7%. 647 64.7% 64 64.7%) followup follow up 32 2 3. 1.17.4. 1174 1.1 7.4 4 1.1-7.4) followup, up, 125 12 5 12. 034. 034 0 0-34) P=0.04, P004 P P=0.04 , 04 (P=0.04) P<0.01, P001 P<0.01 01 (P<0.01) P=0.02 P002 02 (P=0.02 followup. up. B P=0.03, P003 P=0.03 03 (P=0.03) P=0.01, P=0.01 GERD (GERD (P=0.01 Conclusion wellknown well known longterm 55.9 (55.9% 1530 1530.7 307 30. 15-30.7 24/3 243 (24/3 22/34 223 (22/3 64.7 17 1.17.4 117 11 1. 74 7. 1.1-7.4 0-34 P00 P=0.0 (P=0.04 P<0.0 (P<0.01 (P=0.0 (P=0.03 55. (55.9 153 1530. 15-30. 24/ (24/ 22/3 (22/ 64. 1.17. 1.1-7. 0-3 P0 P=0. P<0. (P<0.0 (P=0. (55. 15-30 (24 22/ (22 1.17 1.1-7 0- P=0 P<0 (P<0. (P=0 (55 15-3 (2 1.1- P= P< (P<0 (P= (5 15- ( (P< (P