O objetivo deste estudo foi avaliar a microdureza do esmalte dental ao redor de restaurações em compósito que utilizaram sistemas adesivos contendo fluoretos (FCAS), após tratamento dessas superfícies restauradas aos protocolos de ciclagem térmica e pH. Cavidades cilíndricas padronizadas foram preparadas em 175 superfícies de esmalte de fragmentos dentais, os quais foram aleatoriamente divididos em sete grupos (n=25). Quatro grupos utilizaram os FCAS: Optibond Solo (OS); Prime&Bond 2.1 (PB); Syntac Sprint (SS) e Tenure Quick (TC). Outros grupos consistiram em restaurações "Sandwich" (STR - ionômero de vidro como base + restauração em composíto) ou utilizaram Single Bond com (SB) ou sem (SBWC) ciclagens. Os sistemas adesivos foram aplicados segundo as instruções dos fabricantes e as cavidades restauradas com compósito microparticulado (Durafill VS). Após o acabamento e polimento, todos grupos foram submetidos a 1.000 ciclos térmicos (5 ºC e 55 ºC) e a um protocolo de ciclagem de pH (desmineralização-pH 4,3 e remineralização-pH 7,0), exceto para o grupo SBWC. A microdureza das superfícies de esmalte foi mensurada ao redor das restaurações. Indentações foram feitas nas distâncias de 100, 300 and 450-mm da parede cavitária. Os dados foram analisados pela ANOVA (2 fatores) and Teste de Duncan (5%). Os valores médios ± DP da microdureza do esmalte para os grupos foram (Kg/mm²): SBWC: 314,50 ± 55,93ª ; SB: 256,78 ± 62,66b; STR: 253,90 ± 83,6b; TQ: 243,93 ± 68,3b; OS: 227,97 ± 67,1c; PB: 213,30 ± 91,3d; SS: 208,73 ± 86,6d. As médias ± DP de microdureza para as distâncias 150, 300, 450 mm da parede cavitária foram, respectivamente: 234,46 ± 77,81ª; 240,24 ± 85,12ª; 262,06 ± 79,46b. O grupo SBWC que não foi submetido aos protocolos de ciclagem térmica e pH mostrou a maior média de microdureza do esmalte e os FCAS resultaram nos menores valores de microdureza. Na distância de 450 mm da parede cavitária, a microdureza apresentou aumento significativo.
The purpose of this study was to evaluate the microhardness of dental enamel around composite restorations bonded with fluoride-containing adhesive systems (FCAS), after thermo- and pH-cycling protocols. Standardized cylindrical cavities were prepared on enamel surfaces of 175 dental fragments, which were randomly assigned into seven experimental groups (n=25). Four groups used FCAS: Optibond Solo (OS); Prime&Bond 2.1 (PB); Syntac Sprint (SS) and Tenure Quick (TC). Other groups consisted of "Sandwich" technique restoration (STR) (glass ionomer liner + hydrophobic adhesive resin /restorative composite) or used Single Bond with (SB) or without (SBWC) cycling protocols. Adhesive systems were applied according to manufacturers' instructions and cavities were restored with a microfilled composite (Durafill VS). After finishing and polishing, all groups were submitted to 1,000 thermal cycles (5 ºC and 55 ºC) and to demineralization (pH 4.3) and remineralization (pH 7.0) cycling protocols, except for SBWC group. The Knoop microhardness of enamel surfaces were measured around restorations. Indentations were recorded at 150, 300 and 450-mm from the cavity wall. Data were analyzed by two-way ANOVA and Duncan's Test (a=0.05%). Means ± SD of enamel microhardness for the groups were (Kg/mm²): SBWC: 314.50 ± 55.93ª ; SB: 256.78 ± 62.66b; STR: 253.90 ± 83.6b; TQ: 243.93 ± 68.3b; OS: 227.97 ± 67.1c; PB: 213.30 ± 91.3d; SS: 208.73 ± 86.6d. Means ± SD of microhardness for the distances 150, 300, 450mm from the cavity wall were, respectively: 234.46 ± 77.81ª; 240.24 ± 85.12ª; 262.06 ± 79.46b. SBWC group, which was not submitted to thermo- and pH-cycling protocols, showed the highest enamel microhardness mean value and the FCAS resulted in lower microhardness values. At 450 mm from the cavity wall, the enamel microhardness increased significantly.