Resumo No seu influente ensaio "Signature, Event, Context" (1972), Derrida apresenta uma avaliação chocante da doutrina inovadora de Austin sobre o performativo. Derrida interpreta o tratamento dado por Austin às falhas que podem afetar os enunciados performativos como a repetição do tratamento filosófico tradicional do negativo. Neste artigo, centrar-me-ei num desenvolvimento negligenciado do encontro de Derrida com o texto de Austin, nomeadamente, a resposta à avaliação acima referida que Stanley Cavell oferece no seu “A Pitch of Philosophy” (1994). Mostrarei que, depois de e pace Derrida, Cavell lê a doutrina do performativo de Austin como a exploração da dimensão trágica que é peculiar aos enunciados performativos e que consiste no risco aterrador da ininteligibilidade. Para tal, examinarei a interpretação alternativa que Cavell faz do tratamento que Austin dá às falhas que dizem respeito às ações e aos enunciados em geral, bem como a sua explicação do lema anti-moralista de Austin "a minha palavra é o meu vínculo" no trágico "a minha palavra é a minha maldição". Em particular, irei esclarecer o entendimento de Cavell da relação entre sentido e intenção, alternativo ao de Derrida, que sustenta a sua interpretação global da doutrina de Austin. Signature, Signature "Signature Event Context 1972, 1972 , (1972) negativo artigo centrarmeei centrar me ei nomeadamente A Philosophy 1994. 1994 . (1994) ininteligibilidade tal geral antimoralista anti moralista vínculo maldição. maldição maldição" particular intenção 197 (1972 199 (1994 19 (197 (199 1 (19 (1 (
Abstract In his influential essay “Signature, Event, Context” (1972), Derrida puts forward a shocking appraisal of Austin’s ground-breaking doctrine of the performative. He interprets Austin’s treatment of the failures that may affect performative utterances as the repetition of the traditional philosophical treatment of the negative. In this article, I will focus on an overlooked development of Derrida’s encounter with Austin’s text, namely, the response to the aforementioned appraisal that Stanley Cavell offers in his A Pitch of Philosophy (1994). I will show that, after and pace Derrida, Cavell reads Austin’s doctrine of the performative as the exploration of the tragic dimension that is peculiar to performative utterances and consists in the terrifying risk of unintelligibility. To this end, I will examine Cavell’s alternative interpretation of Austin’s treatment of the failures that concern actions and utterances in general, and his unpacking of Austin’s anti-moralist motto “my word is my bond” into the tragic “my word is my curse.” In particular, I will cast light on Cavell’s understanding of the relation between meaning and intention, as alternative to Derrida’s, that underpins his overall interpretation of Austin’s doctrine. Signature, Signature “Signature Event Context 1972, 1972 , (1972) Austins Austin s groundbreaking ground breaking negative article Derridas text namely 1994. 1994 . (1994) unintelligibility end Cavells general antimoralist anti moralist bond curse. curse particular intention Derridas, s, 197 (1972 199 (1994 19 (197 (199 1 (19 (1 (