RESUMO CONTEXTO As fraturas do quadril podem ser a maior complicação secundária à doença osteoporótica. O objetivo deste estudo foi determinar a influência da distribuição etária na funcionalidade, comorbidade, complicações e características cirúrgicas de idosos com fratura de quadril. MÉTODOS Um estudo prospectivo de coorte foi realizado de 2013-2014. Uma amostra de 557 adultos mais velhos, com mais de 75 anos, com fratura de quadril osteoporótica foi recrutada na Unidade Ortogeriátrica do Hospital Universitário de León (Espanha). As distribuições de idade de 75-84, 85-90 e >90 anos foram consideradas. Em primeiro lugar, foram coletados dados sociodemográficos, tipo de fratura e dias de permanência hospitalar. Em segundo lugar, foram descritas funcionalidades de base (índice Barthel), ambulação, comprometimento cognitivo e comorbidades. Em terceiro lugar, determinaram-se a intervenção cirúrgica, a urgência, o tipo, os resultados da Associação Americana de Anestesiologistas (ASA), a causa não cirúrgica e os tratamentos farmacológicos iniciais. Finalmente, foram observadas complicações e características na alta hospitalar. RESULTADOS As faixas etárias não mostraram diferenças estatisticamente significativas (P <,05; R2 = ,000-,005) para sexo, tipo de fratura ou dias de permanência hospitalar. Foram apresentadas diferenças estatisticamente significativas (P <,05; R2 = ,011-,247) para o índice de Barthel, comprometimento cognitivo, demência, osteoporose, doença de Parkinson, estenose aórtica, tipo de cirurgia, pontuação ASA, causa não cirúrgica, benzodiazepínicos, antidementia, antiosteoporose, insulina, tratamentos farmacológicos, alteração da função renal, insuficiência cardíaca, destino e características de ambulação entre grupos etários. O restante das medidas não apresentou diferença estatisticamente significativa (P> 0,05; R2 = ,000-,010). CONCLUSÃO As distribuições de idade após 75 anos podem determinar a funcionalidade, comorbidades, características cirúrgicas, tratamentos farmacológicos de base, complicações e características na alta hospitalar de adultos mais velhos que sofrem fratura de quadril.
SUMMARY BACKGROUND Hip fractures may be the greatest complication secondary to osteoporotic disorder. The objective of this study was to determine the influence of age distribution in the functionality, comorbidity, complications and surgical features of older adults with hip fractures. METHODS A prospective cohort study was carried out from 2013 to 2014. A sample of 557 adults over 75 years old with osteoporotic hip fractures was recruited from the Orthogeriatric Unit of the León University Hospital (Spain). Age distributions of 75–84, 85–90 and >90 years old were considered. Firstly, sociodemographic data, fracture type and hospital staying days were collected. Secondly, baseline functionality (Barthel index), ambulation, cognitive impairment and comorbidities were described. Thirdly, surgical intervention, urgency, type, American Association of Anesthesiologists (ASA) scores, non-surgical cause, and baseline pharmacologic treatments were determined. Finally, complications and features at hospital discharge were observed. RESULTS The age ranges did not show any statistically-significant differences (P<.05; R2=.000–.005) for gender, fracture type, or number of hospital staying days. Statistically-significant differences (P<.05; R2=.011–.247) between age groups were observed for Barthel index, cognitive impairment, dementia, osteoporosis, Parkinson’s disease, aortic stenosis, surgery type, ASA–score, non-surgical cause, benzodiazepines, antidementia, anti-osteoporosis, insulin, pharmacologic treatments, renal function alteration, heart failure, destination and ambulation features. All other measurements did not show statistically-significant differences (P>.05; R2=.000–.010). CONCLUSION Age distributions greater than 75 years old may determine the functionality, comorbidities, surgical features, baseline pharmacologic treatments, complications and features at hospital discharge for older adults who suffer a hip fracture.