Introducción: la exposición al humo de tabaco ambiental aumenta 31% el riesgo de infarto entre no fumadores. En países desarrollados se observó reducción de los ingresos por infarto agudo de miocardio al prohibirse fumar en espacios cerrados. El presente estudio evaluó el impacto de la prohibición de fumar sobre el infarto agudo de miocardio en Uruguay, el primer país libre de humo de tabaco en las Américas. Material y método: se realizó un estudio ecológico comparando los ingresos por infarto en los 24 meses anteriores y posteriores a marzo de 2006 (fecha de la aprobación de la normativa que estableció la prohibición de fumar en espacios cerrados de uso público). Se analizaron retrospectivamente las historias clínicas de los pacientes residentes en el país que tuvieran infarto de miocardio como diagnóstico principal de ingreso. El análisis estadístico se realizó mediante el test de chi cuadrado. Resultados: en las 37 instituciones participantes ingresaron 7.949 pacientes (66,4 ± 12,6 años, 35,1% mujeres), 4.346 en los dos años previos a las medidas y 3.603 en los dos años siguientes, lo que implicó una reducción de 17,1%. Hubo mayor reducción a menor edad de los pacientes: <45 años: 38,5%; 45 a 64 años: 14,8%; 65 años: 16,9%, p <0,05. Los viernes y sábados los ingresos descendieron 24,2%, de domingos a jueves 14,3% (p <0,05). En los centros privados hubo 22,0% de reducción, en los públicos 6,3%, p <0,05. Conclusiones: la prohibición de fumar en espacios cerrados se asoció a una disminución en los ingresos por infarto agudo de miocardio en nuestro país, siendo este efecto particularmente importante entre los más jóvenes. El beneficio predominó viernes y sábado y fue menor entre quienes se asisten en el sector público
Résumé Introduction: l'exposition à la fumée de tabac dans l'ambiance, augmente de 31% le risque d'infarctus parmi les non-fumeurs. Dans les pays développés, on a observé une réduction des hospitalisations pour infarctus aigu de myocarde depuis que l'on a interdit de fumer dans des espaces fermés. La présente étude a évalué l'impact de l'interdiction de fumer sur l'infarctus aigu du myocarde en Uruguay, le premier pays libre de fumée de tabac en Amérique. Matériel et méthode: on a réalisé une étude écologique en comparant les hospitalisations dues à des infarctus du myocarde au cours des 24 mois précédents et postérieurs à mars 2006 (date de l'approbation de la norme qui a établi l'interdiction de fumer dans des espaces fermées d'utilisation publique). On a analysé rétrospectivement les histoires cliniques des patients résidant dans le pays qui auraient un infarctus du myocarde comme diagnostic principal au moment de l'hospitalisation. L'analyse statistique a été effectuée moyennant le test de chi carré. Résultats: dans les 37 institutions qui ont participé, 7 949 patients ont été hospitalisés (66,4 ± 12,6 ans, 35,1% femmes), 4.346 au cours des deux années préalables aux mesures et 3 603 au cours des deux années ultérieures, ce qui a signifié une réduction de 17,1%. Il y a eu une plus forte réduction chez les patients moins âgés: <45 ans: 38,5%; 45 à 64 ans: 14,8%; 65ans: 16,9%, p <0,05. Le vendredi et le samedi, les hospitalisations ont diminué de 24,2%, du dimanche au jeudi 14,3% (p<0.05). Dans les centres privés, il y a eu une réduction de 22,0%, dans les publics 6,3%, p <0,05. Conclusions: l'interdiction de fumer dans des espaces fermés a été associée à une diminution des hospitalisations dues à des infarctus aigu du myocarde dans notre pays, cet effet étant particulièrement important parmi les plus jeunes. Le bénéfice a prédominé le vendredi et le samedi et a été moins important parmi ceux qui se font soigner dans le secteur public.
Resumo Introdução: a exposição ao fumo de tabaco ambiental aumenta 31% o risco de infarto entre os não fumantes. Nos países desenvolvidos observou-se uma diminuição das internações por infarto de miocárdio depois da proibição de fumar em espaços fechados. Este estudo faz uma avaliação do impacto da proibição de fumar sobre o infarto de miocárdio no Uruguai, o primeiro país livre de fumo de tabaco nas Américas. Material e método: fez-se um estudo ecológico comparando as internações por infarto de miocárdio nos 24 meses anteriores e posteriores a março de 2006, data da aprovação da legislação que proíbe fumar em espaços públicos fechados. Fez-se uma análise retrospectiva dos prontuários médicos dos pacientes residentes no Uruguai que apresentaram infarto como diagnóstico principal; os dados foram analisados utilizando o teste de Qui quadrado Resultados: Nas 37 instituições incluídas no estudo foram internados 7.949 pacientes (66,4 ± 12,6 anos, 35,1% mulheres), 4.346 nos anos anteriores às medidas de proibição e 3.603 nos dois anos seguintes, com uma redução de 17,1%. A redução foi maior nos pacientes mais jovens: <45 anos: 38,5%; 45 a 64 anos: 14,8%; 65 anos: 16,9%, p <0,05. As internações nas sextas-feiras e sábados caíram 24,2%, e de domingo a quinta-feira 14,3% (p <0,05). Nas instituições de assistência médica privada a redução foi de 22,0% e de 6,3%, p <0,05 nos públicos. Conclusões: a proibição de fumar em espaços públicos fechados mostrou uma associação com uma redução das internações por infarto agudo de miocárdio observando-se um impacto especial em pacientes mais jovens. Este benefício foi predominante nas sextas-feiras e sábados e foi menor na população atendida no setor público.
Summary Introduction: exposure to environmental tobacco smoke increases the risk for infarction in 31% among non-smokers. A decrease in hospital admission due to acute myocardial infarction was noticed in developed countries when indoor smoking was banned. The present study analyzed the impact of smoking bans on acute myocardial infarction in Uruguay, the first tobacco- smoke-free-country in the Americas. Method: we conducted an ecological study that compared hospital admissions for infarction in the 24 months prior to March 2006 to admissions during the 24 months subsequent to that date (date when the anti-smoking regulation was passed, banning indoor public spaces). We retrospectively analyzed the medical records of patients residing in the country whose main diagnosis for admission was myocardial infarction. The statistic analysis was made by using the chi square test. Results: 7,949 patients were admitted in the 37 participating institutions (66,4 ± 12,6 years old, 35,1% women), 4,346 were admitted over the two year period prior to the new measures, and 3,603 during the two-year period subsequent to the prohibition, what implied a 17.1% drop. The younger the patients, the greater the drop: <45years old: 38,5%; 45 to 64 years old: 14,8%; 65 years old: 16,9%, p <0,05. Admissions decreased by 24.2% on Fridays and Saturdays, and 14.3% from Sundays to Thursdays (p <0,05). Decrease was 22.0% in private institutions and 6.3% in public institutions, p <0,05. Conclusions: Indoor smoking bans were associated to a decrease in hospital admission for acute myocardial infarction in our country, being this effect particularly important in the younger people. The benefit of this new legislation was more important on Fridays and Saturday and lower in those patients seen in the public sector.