O objetivo deste artigo é analisar diferentes recepções da jovem República, sobretudo em seus primeiros anos. Afinal, a tradição se inscrevia em meio à modernidade, e o novo se confundia com o velho. E é junto a esse caldo de paradoxos e conflitos que se desenha a Semana de Arte Moderna - um sopro de vanguarda, de cosmopolitismo e certo otimismo, nesse contexto - mas também outras experiências sociais de caráter mais político reivindicativo. Nesse sentido, ouso expor um pouco da experiência de Lima Barreto. Não para dela fazer um exemplo que ilumina toda uma época, ou muito menos "para estragar a festa" do ano de 2012. Ao contrário, ela representa um "outro caso", outra face da mesma modernidade. Quem sabe ela sirva como testemunho do ambiente que assolou parte da intelectualidade brasileira de inícios do século, cada vez mais descrente dos destinos dessa nação, e, nesse caso, muito impactados pelos discursos raciais deterministas, os quais, após a abolição da escravidão, criavam um novo tipo de "desigualdade", dessa feita pautada na biologia.
The objective of this lecture is to analyze different impressions of the young republic, especially during its early years. After all, tradition confused itself with modernity, and the new and the old merged. And it was among these paradoxes and conflicts that the "Modern Art Week" took place- a blow of avant-garde, cosmopolitanism, and certain optimism in this context - but also other social experiences with a political vindication backdrop. In this sense, I dare to show some of the experience of Lima Barreto. I do not intend to make it an example that highlights an entire era, and even less "to spoil the party" of the year of 2012. Rather, it represents a "different case", a different face of the same modernity. Perhaps it serves as testimony to the atmosphere that devastated part of the Brazilian intellectuals from the beginning of the century, who were increasingly skeptical of the path this nation was taking, and in this particular case, were highly impacted by the discourse of racial determinists, who, after the abolition of slavery, began to establish a new type of "inequality", grounded in biology.