Abstract In this article, we examine the concept of cultural authority in the context of the professionalization/corporatization of medicine at the end of the 20th century, and its political and moral contours since the HIV/AIDS epidemic in São Paulo. Based on journalistic articles collected from the newspaper O Estado de São Paulo (1986-1989), we seek to highlight the place of medical expertise, examining the discourses produced about the disease in Brazil, in bases that show the emergence of social actors, disputes for credibility and the clinical authority under challenge. We analyze public narratives about AIDS, situating the place of authority. We argue that such discourses, in the context of sexual panic, did not occur outside a dynamic of therapeutic/clinical authority and the profession’s own norms, which also immediately made visible the role of physicians, specialists and other health professionals, in dialogue with the moral grammar of the socially current illness. The conclusions illustrate the link between Brazilian medicine at the end of the century and the local-global history of AIDS, concentrating historical and political movements that disputed the scientific and moral meanings of the disease, fractured by the clash between authorities in the scientific, sanitary and clinical fields. article professionalizationcorporatization professionalization corporatization th HIVAIDS HIV AIDS 19861989, 19861989 1986 1989 , (1986-1989) expertise Brazil actors challenge panic therapeuticclinical therapeutic professions profession s norms physicians professionals illness localglobal local global fields 1986198 198 (1986-1989 198619 19 (1986-198 19861 1 (1986-19 (1986-1 (1986- (1986 (198 (19 (1 (
Resumo Neste artigo examinamos o conceito de autoridade cultural no contexto da profissionalização/corporativização da medicina no final do século XX e seus contornos políticos e morais desde a epidemia de HIV/Aids em São Paulo. A partir de matérias jornalísticas recolhidas do jornal O Estado de São Paulo (1986-1989), buscamos dar relevo ao lugar do especialismo médico, examinando os discursos produzidos sobre a doença, no Brasil, em bases que evidenciam a emergência de atores sociais, disputas por credibilidade e a autoridade clínica sob contestação. Analisamos as narrativas públicas sobre a Aids, situando o lugar da autoridade. Argumentamos que tais discursos, no contexto do pânico sexual, não ocorriam fora de uma dinâmica de autoridade terapêutica/clínica e das normatizações próprias da profissão, que também tornavam imediatamente visível o papel dos médicos, especialistas e demais profissionais de saúde, em diálogo com a gramática moral da doença socialmente corrente. As conclusões ilustram a vinculação da medicina brasileira de fins do século com a história local-global da Aids, concentrando movimentos históricos e políticos que disputavam os sentidos científicos e morais da doença, fraturados pelo embate entre autoridades no campo científico, sanitário e clínico. profissionalizaçãocorporativização profissionalização corporativização HIVAids HIV Aids 19861989, 19861989 1986 1989 , (1986-1989) médico Brasil sociais contestação sexual terapêuticaclínica terapêutica profissão médicos saúde corrente localglobal local global científico clínico 1986198 198 (1986-1989 198619 19 (1986-198 19861 1 (1986-19 (1986-1 (1986- (1986 (198 (19 (1 (