Resumen Durante mucho tiempo, la influencia de la esclavitud atlántica sobre sociedades europeas fue debatida en círculos académicos, pero no fue parte de historias nacionales, regionales y locales. En las últimas tres décadas esto ha cambiado a diferentes ritmos en las antiguas metrópolis. El 150 aniversario de la abolición de la esclavitud en Francia (1998) y el bicentenario de la prohibición del tráfico de esclavizados en Gran Bretaña (2007) abrieron los debates a un público más amplio. Se establecieron museos y memoriales, los cuales, sin embargo, coexisten con monumentos a comerciantes esclavistas considerados benefactores de su ciudad. En España y Portugal el proceso de incluir el recuerdo de la esclavitud en la historia nacional y local se desarrolla más lentamente, porque el impacto del tráfico esclavista sobre la urbanización e industrialización española y portuguesa es poco conocido y los legados de las dictaduras fascistas recientes todavía no han sido superados. El artículo se enfoca en los sitios de memoria y las huellas silenciadas de la esclavitud.
Resumo Por muito tempo, a influência da escravidão atlántica sobre as sociedades europeias foi debatida nos círculos académicos, más não foi parte das historias nacionais, regionais e locais. Nas últimas três décadas isso mudou, a um ritmo muito diferente nas antigas metrópolis. O 150° aniversário da abolição da escravidão na França (1998), e o bicentenario da proibição do tráfico de escravos na Grã-Bretanha (2007) abriram os debates a um público mais amplo. Museus e memoriais foram estabelecidos, mas coexistem com monumentos que celebram comerciantes negreiros como benefeitores das suas cidades. Na Espanha e em Portugal o processo de incluir a lembrança da escravidão nas historias nacionais e locais se desenvolve mais lentamente porque o impacto do tráfico negreiro sobre a urbanização e a industrialização espanhola e portuguesa é pouco conhecido, e os legados das ditaduras fascistas recentes ainda não foram superados. O artigo discute os sítios da memória e os traços silenciados da escravidão.
Abstract For a long time, the impact of Atlantic slavery on European societies was discussed in academic circles, but it was no part of national, regional and local histories. In the last three decades this has changed, at different rhythms in the former metropolises. The 150th anniversary of the abolition of slavery in France (1998) and the 200th anniversary of the prohibition of the slave trade in Great Britain (2007) opened the debates to the broader public. Museums and memorials were established, but they coexist with monuments to slave traders as benefactors of their town. In Spain and Portugal the process to include the remembrance of slavery in local and national history is developing more slowly, as the impact of slave trade on Spanish and Portuguese urbanization and industrialization is little known, and the legacies of recent fascist dictatorships are not yet overcome. This article focuses on sites of commemoration and silent traces of slavery.