Resumo A pesquisa acadêmica em terapia ocupacional social tem apresentado interface com a temática da África, numa perspectiva da diversidade cultural, para, então, enfatizar a necessidade de abarcar novas formas de pesquisas. Propomos um panorama da pesquisa acadêmica no Brasil no contexto da terapia ocupacional em diferentes interfaces: mobilidade humana, direitos humanos, religiosidade, culturas infantis, gênero etc. Essa multiplicidade revela uma perspectiva de valorização dos temas africanos. A partir daí, apresentamos o conceito de diversidade cultural enquanto perspectiva para a discussão de novos olhares, descentramentos do saber técnico e produção de novos diálogos necessários aos pesquisadores e profissionais. Propõe-se pensar, vivenciar e produzir novas formas de pesquisas, temáticas e assuntos que abarquem diferentes modos de vida, problemáticas e questões que dialoguem com as transformações do mundo contemporâneo e que também são implicações da terapia ocupacional social. Para tal, com a etnografia e as suas ferramentas de pesquisa, pode-se pensar em modos múltiplos, singulares e enriquecedores de se fazer pesquisa, modos esses que no presente trabalho fazem interconexões com as diversas produções sobre África e terapia ocupacional, revelando a potencialidade desses elementos para a profissão.
Abstract Academic research in social occupational therapy has presented an interface with the theme of Africa, from a cultural diversity perspective to emphasize the need to include new forms of research. This study proposes a panorama of the academic research in Brazil in the context of occupational therapy in different interfaces: human mobility, human rights, religiosity, children’s cultures, gender, etc. This multiplicity reveals a perspective of appreciation of African themes. In this context, the concept of cultural diversity is presented as a perspective to expand the discussion of new views, decentralization of technical knowledge and new dialogues required for researchers and professionals. It was proposed to think, experience and produce new forms of research, themes and subjects that cover different ways of life, problems and issues that dialogue with the transformations of the contemporary world, which are also implications of social occupational therapy. Moreover, along with the ethnography and its research tools, one can think of multiple, unique and rich ways to do research. These aspects, in the present work, make interconnections with the diverse productions on Africa and occupational therapy, revealing the potentiality of these elements for the profession.