OBJETIVO: Investigar as características do comportamento sexual de adolescentes escolares e verificar se há diferenças em relação ao sexo dos estudantes e ao tipo de escola. MÉTODOS: Estudo transversal utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE. A amostra foi composta por 3.099 escolares do 9° ano residentes em Goiânia (GO), com predomínio das idades de 13 a 15 anos, que responderam um questionário sobre fatores de risco e proteção à saúde. Na análise estatística, foi utilizado o teste de Rao-Scott, considerando o efeito do desenho amostral para amostras complexas. RESULTADOS: A prevalência de relação sexual alguma vez na vida foi de 26,5% (IC95% 23,8 - 29,4), e, no último ano, foi de 18,5% (IC95% 16,5 - 20,8), sendo mais frequentes entre os meninos e estudantes de escolas públicas. A maioria teve a primeira relação com 13 anos ou menos, com até 3 parceiros, utilizou algum método contraceptivo na última relação e recebeu orientação sobre prevenção na escola. A idade da primeira relação foi mais precoce e o número de parceiros foi mais elevado entre os meninos. O relato de orientações recebidas sobre prevenção de gravidez foi mais frequente entre meninas e nas instituições privadas. Nestas, foi também mais elevado o relato de orientações sobre DST/AIDS. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram a necessidade de ações educativas, buscando reduzir as discrepâncias encontradas em relação ao sexo e o tipo de escola, com envolvimento de profissionais das áreas da educação e saúde e dos pais.
OBJECTIVE: To investigate the characteristics of sexual behavior in school-aged adolescents and possible differences regarding sex and type of school. METHODS: Cross-sectional study using data from the National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE) 2009, carried out by the Brazilian Ministry of Health, in partnership with the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The sample consisted of 3,099 9th graders living in Goiânia, State of Goiás, Brazil, mostly aged between 13 to 15 years old, who answered a self-applicable questionnaire on risk and protective health factors. The Rao-Scott test was used in the statistical analysis, considering the complex sample design. RESULTS: The prevalence of sexual intercourse was of 26.5% (95%CI 23.8 - 29.4) at least once in life and of 18.5% (95%CI 16.5 - 20.8) in the last year. Both behaviors were more frequent among male students and among those attending public schools. Most of the respondents had their first intercourse at the age of 13 or younger, with up to 3 partners. They had also used a pregnancy prevention method in the last intercourse, and received guidance on prevention at school. The age of the first intercourse was earlier and the number of partners was higher among male students. More females and those attending public schools reported having received information on pregnancy prevention. Guidance on STD/AIDS was also more frequent in public schools. CONCLUSION: Results showed a need for health education measures involving education and health professionals, as well as parents, to reduce the discrepancies found regarding sex and type of school.